O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) foi condenado pela 14ª vez na Lava Jato, agora a 11 anos e 10 meses de prisão. Desta vez, na Operação C’est Fini — que significa “É o fim”, em francês, em clara alusão ao episódio conhecido como Farra dos Guardanapos. A pena de Sérgio Cabral ultrapassa 294 anos.
A Farra dos Guardanapos foi como ficou conhecido um jantar em Paris do qual participaram ex-secretários do Rio, empresários e o ex-governador Sérgio Cabral. Em fotos tiradas durante o jantar, eles usavam guardanapos na cabeça.
O empresário George Sadala, o ex-secretário de Governo Wilson Carlos e o operador financeiro Luiz Carlos Bezerra também foram condenados nesse processo.
Sadala é um dos empresários que aparece na foto da “Farra dos Guardanapos” e era sócio de empresas que administrava o serviço Rio Poupa Tempo. Ele também era representante de um banco que fazia empréstimos consignados para servidores públicos.
De acordo com as investigações da Operação C’est Fini, Cabral recebia 5% de propina sobre os contratos do governo do estado. Sadala, dono do Rio Poupa Tempo, pagou R$ 1,3 milhão a Cabral para ganhara a licitação. Bezzerra e Wilson Carlos seriam os responsáveis por intermediar os pagamentos.
Em nota, Cabral disse que vai recorrer. “O ex-governador é colaborador da Justiça, apesar da redução de pena, sua contribuição merecia a concessão do perdão judicial“, diz o comunicado.