Caça ilegal está exterminado os gambás da Lagoa Rodrigo de Freitas

Segundo denuncias, dois homens que se dizem pai e filho, estariam caçando e comendo os animais. Comerciantes locais reclamam que já não veem mais gambás na região

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Imagem meramente ilustrativa / Gambá devolvido à natureza pelo Zoológico Municipal de Volta Redonda - Foto: Divulgação

Comerciantes da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, denunciaram ao biólogo Mario Moscatelli, nesta quarta (8), que dois homens estariam matando todos os gambás da região para comê-los. Os homens, que se dizem pai e filho, estão acampados na obra de um quiosque, na altura do heliponto, pela qual se dizem responsáveis. Há suspeitas, no entanto, de que os donos do quiosque sequer sabem quem eles são.

À jornalista Lu Lacerda (Veja Rio), um comerciante local relatou, em condição de anonimato, que desde a chegada dois à Lagoa, os animais desapareceram, tanto adultos quanto filhotes.

“Estava cheio, e à noite eles passeavam pelo gramado, mais de 10. Antes, os homens estavam no Parque das Figueiras, mas os agentes da Operação Lagoa Presente descobriram a matança e os tiraram de lá. Daí eles vieram para cá e acabaram com todos os animais e ainda tiraram onda, dizendo que a carne das fêmeas era mais macia”, contou um dos comerciantes à jornalista.

A subprefeitura da Zona Sul foi procurada por Lu Lacerda, mas ainda não deu retorno sobre as possíveis providências a serem tomadas.

Mario Moscatelli, que está de férias na Itália, disse que o poder público deve tomar providências urgentes contra a destruição da fauna nativa da Lagoa, que após muito trabalho de especialistas e da sociedade tem progredido e resistido a agressões diversas.

“É fundamental que as autoridades tomem as providências cabíveis para a proteção da fauna nativa presente, tanto das margens da Lagoa como de sua periferia, fruto de quase 40 anos de esforços para o incremento da biodiversidade local. Depois dos gambás, agora o risco são capivaras. Espero que as autoridades ajam o quanto antes, evitando o pior”, disse Moscatelli, que também solicitou ajuda ao subprefeito da região e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), segundo Lu Lacerda.

O gambá é uma animal silvestre cuja caça é proibida, assim como consumo da sua carne. O crime contra o animal tem penas previstas de prisão, de seis meses a um ano; além de multa.

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