Caetano Veloso retorna à Guadalupe, onde morou, com show inaugural na ‘Areninha Cultural Terra’

O espetáculo contou com a presença de mais de 700 pessoas, na última terça-feira (12/12), no qual Caetano evidenciou sua ligação afetiva com o bairro

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Foto: Samuel Barcelos/Prefeitura do Rio

Em uma comemoração marcante do Dia de Nossa Senhora de Guadalupe, o cantor Caetano Veloso se apresentou na inauguração da Areninha Cultural Terra, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. O espetáculo gratuito contou com a presença de mais de 700 pessoas, na última terça-feira (12/12), onde o artista e sua banda encantaram a plateia com sua voz e talento, iniciando com “Avarandado” (1967).

O evento teve início com as boas-vindas do Secretário Municipal de Cultura, Marcelo Calero, que ressaltou o propósito das areninhas como espaços não apenas para apreciar, mas também para produzir cultura. Calero, acompanhado por autoridades como Mariana Ribas, Subsecretária Executiva, Elaine Rosa, Gerente de Lonas, Arenas e Areninhas, e Diego Vaz, Subprefeito da Zona Norte, destacou a importância desses locais como celeiros culturais.

O artista, que morou em Guadalupe por um ano, quando ainda era adolescente, revisitou as canções da sua mais nova turnê “Meu Coco” além de grandes sucessos, ao som do baticum dos percussionistas Kainã do Jêje e Thiago da Serrinha, orquestrado sob a direção musical de Lucas Nunes (guitarra e violão) e Pretinho da Serrinha.

O espetáculo baseou-se no álbum homônimo lançado em outubro de 2021, o primeiro disco de músicas inéditas de Caetano desde “Abraçaço” (2012), incluindo 26 composições como “Anjos Tronchos” (2021), “Baby” (1968), “Sampa” (1978) e “Cajuína” (1979).

O ponto alto da noite foi a homenagem de Caetano aos moradores de Guadalupe, interpretando “Lua de São Jorge” (1979), a animada “Odara” (1977) e finalizando com “A Luz de Tieta”. Sua ligação afetiva com o bairro foi evidenciada em músicas como “Pé do Meu Samba” e “Meu Rio” onde menciona sentimentos ligados a Guadalupe.

O músico emocionou a plateia ao revelar sua conexão pessoal com o local: “Estou neste palco para dizer que nasci aqui. Eu passei dos 13 aos 14 anos em Guadalupe, mas que não tinha esse nome. Pessoas da minha  família estão aqui na plateia hoje” compartilhou Caetano.

Lonas Transformadas em Areninhas

A Secretaria Municipal de Cultura (SMC) está transformando todas as suas lonas em areninhas como parte do programa Cultura do Amanhã. Mais outras três já foram entregues este ano: Herbert Vianna, na Maré; Sandra Sá, em Santa Cruz, e João Bosco, em Vista Alegre. Em 2024, será a vez das Lonas Carlos Zéfiro, em Anchieta, e Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá.

Na prática, a transformação significa a substituição das antigas lonas por uma estrutura fixa com isolamento acústico, climatização, além de outras melhorias, para garantir mais qualidade e conforto tanto para o público quanto para os artistas. A estrutura de areninha inclui todos os requisitos de acessibilidade e prevenção de incêndio.

A iniciativa, que destinou R$ 75 milhões para a modernização de mais de 20 equipamentos culturais, tem como foco central o aprimoramento dos espaços mantidos pela pasta, garantindo acessibilidade e segurança para todos.

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