O presidente da Faetec, Alexandre Valle, e o vice-presidente administrativo, Fabrício Repsold, discutiram nesta quarta-feira (12/03) com o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), Kiko Brando, a climatização das instalações do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj). A medida visa resolver o problema do calor extremo nas salas de aula, agravado pela falta de refrigeração adequada.
Durante a reunião, as entidades apresentaram um pré-projeto para viabilizar a climatização da escola. Alexandre Valle, que esteve acompanhado de Giovane Saionara, atual diretor do Iserj, ressaltou a importância da instalação dos aparelhos de ar-condicionado da unidade.
“Nossa prioridade vai ser sempre cuidar do bem-estar dos nossos alunos. Não há como produzir e obter bons resultados se eles não têm plenas condições em sala de aula e sabemos que o calor na cidade é fator de preocupação. Saímos deste encontro autorizados a realizar a licitação para a instalação dos aparelhos de ar condicionado”, diz o presidente.
O prédio, inaugurado em 1880 e de estilo neocolonial, é mantido pela Faetec desde 1998 e abriga cerca de 3.200 alunos, desde a Educação Infantil. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, o campus ocupa 38.000 m² e qualquer obra, seja de manutenção ou instalação de qualquer ordem, depende da autorização da entidade.
Nas redes sociais, estudantes questionaram por que a medida não foi adotada antes, após a publicação que anunciava a implementação. “Só não entendo, por que só tem ar-condicionado na sala dos professores e da diretoria?”, comentou uma aluna do curso de psicologia. Uma mãe de aluna acrescentou: “Minha filha tem dermatite atópica e sofre com o calor nesta escola. Espero que climatizem o mais rápido possível”.
Embora algumas instituições tivessem permissão para reduzir a carga horária presencial em até 50% ou adotar rodízio de turmas em salas mais refrigeradas, a Iserj não manteve essas medidas, retornando à sua programação regular. “Os alunos estão sendo obrigados a estudar no calor até 12h. Que vergonha!”, protestou um estudante na mesma publicação. Já outra seguidora comentou: “Tomara que instalem logo, porque as crianças não conseguem aprender no calor. É desumano!”.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) cobrou providências das autoridades municipais e estaduais para garantir a saúde de profissionais e alunos de instituições públicas. O sindicato alerta, desde o ano passado, sobre a grave situação nas escolas.