Câmara aprova Refúgio de Vida Silvestre na Floresta do Camboatá, em Deodoro

Lei visa proteger o último trecho de Mata Atlântica plana do município do Rio,

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Floresta do Camboatá, em Deodoro - Foto: Brenno Carvalho

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta (3/11), em primeira discussão, um projeto de lei que cria o Refúgio de Vida Silvestre da Floresta do Camboatá, no bairro de Deodoro. O PL 1345/2019, que recebeu um substitutivo, visa proteger o último trecho de Mata Atlântica plana do município do Rio, onde já houve um projeto para transformar essa área de preservação ambiental em um autódromo, o que provocou a mobilização popular e de ambientalistas. A decisão foi revista em 2021. A construção do empreendimento demandava a derrubada de mais de 200 mil árvores de 146 espécies e o desmatamento de uma área de quase 160 hectares. Em caso de aprovação e sanção do projeto, a área será resguardada.

Entre os principais objetivos do projeto de lei estão a preservação da fauna e flora local; a recuperação da qualidade da água dos mananciais; a recuperação da cobertura vegetal existente; e a garantia da sobrevivência e o curso natural da evolução da população de árvores nativas que ocorre no local. A proposta é de autoria do ex-vereador Renato Cinco e do vereador Prof. Célio Lupparelli (DEM). 

Lupparelli destacou que o momento é desafiador e que projetos de preservação do meio ambiente têm que ser colocados em prática. “Eu acho que a cidade, essa Câmara, tem um bom exemplo a dar aos moradores do Rio, principalmente às crianças e jovens que estão iniciando a sua vida com respeito à questão ambiental. Um bom exemplo a dar a todo o estado do Rio de Janeiro e a todo o Brasil, porque hoje infelizmente estamos percebendo que nós não estamos muito bem na discussão ambiental mundo afora. Estamos sendo vistos como párias na questão ambiental”, enfatizou Lupparelli.

O vereador Chico Alencar (PSOL) elogiou a proposta ao pedir a coautoria do projeto de lei. “Gostaria de me associar a ela pela sua relevância em uma cidade tão esgotada, com poucas áreas verdes, uma cidade que é, pela sua própria topografia e conformação, ecológica, florestal, ambiental, natural, um refúgio de vida silvestre. Mas, o Camboatá andou sob ameaça e foi muito importante haver essa intensa mobilização social. A boa lei, o bom projeto de lei, é projeto de lei é justamente esse, que deriva de um querer coletivo sustentado e sustentável.” 

Advertisement

Para o vereador Tarcísio Motta (PSOL), natureza e desenvolvimento econômico devem ser compatíveis em prol de uma lógica do bem-viver. “É preciso preservar a floresta e fazer dela um local inclusive de emprego e renda. Mas, é mais do que isso. A concepção que a gente tem que abandonar é de que progresso é destruir a natureza, de que natureza é atraso, que não significa renda, e que nossa briga seja o tempo inteiro por crescimento desenfreado”, ressaltou o parlamentar. A matéria foi aprovada em 1ª discussão e volta à pauta em 2ª votação.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Câmara aprova Refúgio de Vida Silvestre na Floresta do Camboatá, em Deodoro
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui