Um dos bairros mais charmosos da Zona Sul do Rio, a Gávea deverá ganhar um parque sustentável a ser construído em um terreno desativado há quase 40 anos na Rua Marquês de São Vicente. O Projeto de Lei, de autoria do poder executivo, será o tema de um debate público, de forma híbrida, organizado pelo líder do governo na Câmara Municipal do Rio, vereador Átila Nunes (DEM) nesta sexta-feira, 28, às 10h30. Participarão do debate representantes da Prefeitura do Rio, de associações de moradores e comerciantes do bairro, além de parlamentares.
Apesar de estar prestes a ser votado novamente m 2ª discussão, o PLC 72/2018 já tramita há algum tempo. Criado originalmente em 2014 pelo então vereador Marcelo Queiroz – hoje Secretário Estadual de Agricultura -, caminhou para a sua regulamentação em 2018, pela Prefeitura
Aprovado em primeira discussão pela Câmara, o projeto de lei receberá emendas antes de entrar na pauta para segunda e última votação. O líder do governo na Casa, Átila Nunes, afirmou que o debate público será fundamental para o aprimoramento da proposta a partir da discussão das alterações apresentadas pelos vereadores à mensagem do executivo.
“Precisamos discutir os benefícios que a cidade terá com a implantação do parque sustentável e buscar um consenso que atenda os interesses dos moradores e comerciantes da região. O projeto permite o uso do parque para o público em geral e ao mesmo tempo possibilita a ocupação do local com lojas, salas comerciais e residências. É fundamental essa discussão para aprimoramento de um projeto urbanístico tão importante como esse para o Rio de Janeiro”, enfatizou Átila.
A proposta, que cria condições para implantação do Parque Municipal Sustentável da Gávea, foi instituída pela Lei Municipal nº 5.757, de 16 de junho de 2014. De acordo com o projeto, a Prefeitura do Rio não teria nenhum gasto na construção do parque, salas comerciais e residências. Todo o empreendimento seria patrocinado e mantido pela iniciativa privada.
O presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gávea ( Amagávea), René Hasenclever, apoia a criação do parque e o uso do terreno abandonado desde a década de 1980.
“Foi o melhor projeto que surgiu para ocupação da região até agora. Eu defendo o uso do terreno, pois são muitos anos de abandono e desperdício de uma área tão importante para os moradores. Essa solução valoriza o nosso bairro”.
Carlos Affonso Ribeiro, presidente da Associação de Moradores da Rua Embaixador Carlos Taylor ( AMECAT), vizinha ao terreno que deverá abrigar o parque sustentável, reforça que que o maior benefício para o bairro é o uso de um terreno de 25 mil metros quadrados abandonado há décadas.
“Esse projeto vai trazer progresso para o bairro. Teremos geração de emprego para as pessoas do entorno e o uso social do espaço público”.
O arquiteto Manuel Fiaschi, um dos responsáveis pelo projeto da criação do Parque Sustentável da Gávea, foi convidado para o debate público e vai fazer a apresentação da proposta para os demais participantes.
Segundo Fiaschi, a solução encontrada valoriza a área, com a preservação da mata e da mangueira centenária plantada no terreno. O acesso ao parque será feito por uma alameda, passando por dois edifícios mistos de quatro andares que seriam ocupados por lojas, no térreo, e apartamentos residenciais nos andares superiores.
O gabinete do vereador Pedro Duarte fez uma nota técnica analisando o histórico da questão e o projeto atual, além de ter realizado um abaixo assinado com mais de 1800 assinaturas em apoio ao Parque.