A Câmara Municipal do Rio manteve nesta quinta-feira (28/09), por 37 votos a 1, o veto total do prefeito ao Projeto de Lei 742/2021, que pretendia proibir a circulação de bicicletas elétricas nas ciclovias da cidade, independente do modelo. Com isso, a regra não será adotada na cidade. Um dos autores da proposta vetada, o vereador Dr. Gilberto (SDD) protocolou um novo projeto, que estabelece a proibição apenas para os ciclomotores e motonetas elétricas que não possuem pedal.
Segundo o vereador, a manutenção do veto e a apresentação do novo projeto são resultado de uma ampla discussão com a Prefeitura e a sociedade civil. “Chegamos a uma conclusão com a concordância de todas as esferas que manteríamos o veto, ouvimos a secretária de transporte e entendemos a necessidade de alterar esse projeto”, destacou.
Líder do governo na Câmara, o vereador Átila A. Nunes (PSD) destacou o trabalho de diálogo realizado para a manutenção do veto e a criação do novo projeto. “Com a iniciativa da Casa em discutir o tema e dessa forma manter o veto, teremos uma oportunidade adicional para estabelecer a melhor redação possível para este tema”, comemorou.
Presidente da Câmara do Rio, o vereador Carlo Caiado (PSD) concordou. “Vamos fazer o que seja mais prático e real para a cidade do Rio de Janeiro. Parabenizo a todos pelo entendimento e o Colégio de Líderes, que fez este debate.”
Contrário ao projeto original, o vereador Pedro Duarte (Novo) destacou que a regulamentação nacional já diferencia as bicicletas elétricas dos ciclomotores e motonetas. “Estes devem ser emplacados e ir para via regular. Mas estas de menor porte, muitas vezes utilizadas por pais e mães para levar os filhos ao colégio e fazer pequenos deslocamentos, devem continuar”, defendeu o parlamentar.
Nova proposta
De acordo com o novo projeto, que será publicado e votado nas próximas semanas, ficariam permitidas nas ciclovias as bicicletas elétricas com pedal, velocidade máxima de até 25km/h, sem acelerador manual e potência de até 350 watts. Os veículos utilizados por pessoas com mobilidade reduzida também estariam autorizados. Os infratores que acessarem ciclovias com ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos estariam sujeitos a uma multa de mil reais, dobrada em caso de reincidência.