O plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ) aprovou, em sessão ordinária, nesta quinta-feira (23), o PL 1928/2023, que estabelece o sistema de drenagem chamado “Cidade Esponja”. O modelo permite uma gestão de inundações, além de fortalecer a infraestrutura ecológica. A iniciativa é adotada em várias cidades do mundo, como Nova Iorque e Berlim. O PL foi aprovado em 1ª discussão com emendas e voltará à pauta para nova votação.
O vereador Willian Siri (PSOL), um dos autores da proposta, explicou que a aprovação do projeto de “Cidade Esponja”, coloca o Rio de Janeiro na vanguarda do País quanto à prevenção de desastres ambientais como os que atingiram o Rio Grande do Sul, no início do mês. Siri explicou ainda que o modelo visa a captura, absorção, armazenamento, limpeza e reutilização da água da chuva de forma sustentável para reduzir enchentes e alagamentos.
“A cidade esponja foi conceituada por um arquiteto chinês e justamente faz essa transição, pensa as cidades numa transição do escoamento superficial para absorção. A ideia é que as cidades se tornem permeáveis. Essa cidade esponja está caracterizada pela adoção de jardins de chuvas, tetos verdes, pavimentação drenante, reflorestamento, bueiros ecológicos e valas de infiltração. Esse modelo já é utilizado em Berlim, Nova Iorque e outras grandes cidades”, observou o vereador.
O Projeto de Lei, que também é assinado por Marcos Braz (PL), também esclarece que o modelo de ‘Cidade Esponja’, além de reduzir o risco de inundação, também melhora a qualidade da água, aumenta a sua disponibilidade, contribuindo para mitigar os efeitos das “ilhas de calor”.
A ideia é ótima e necessária, resta saber se não se transformará em redutos do tráfico e/ou das milícias com invasões e construções de comunidades nos locais, pois, fazer, os governantes até fazem, mas cuidar e manter é outra história.