Aproximadamente 400 caminhoneiros protestam, na manhã desta segunda-feira (15/05), contra a cada vez maior quantidade de roubo de cargas no Rio de Janeiro. O ato teve concentração na Avenida Brasil, na altura do Mercado São Sebastião, na Penha, Zona Norte da capital fluminense, e, por volta das 7h45, os profissionais envolvidos na manifestação se deslocaram em direção ao entroncamento da via com a Rodovia Presidente Dutra. De lá, seguirão até a região do Caju, na Zona Portuária.
O protesto conta com dois carros de som com as seguintes faixas em cada um: ”Roubo de cargas: já morreram três motoristas, quantos mais ainda precisam morrer?” e ”Roubo de cargas agride a sociedade, gera mais desemprego e produtos mais caros à população”.
”São vidas, famílias. Infelizmente, está tão arriscado que, hoje, se você olha pelo retrovisor e vê um motoqueiro seguindo, é motivo para acionar a seguradora para que ela controle seu veículo através do rastreamento. É complicado. Arco Metropolitano, Avenida Brasil, Washington Luís, todas essas vias, infelizmente, estão complicadas, tanto por conta dos constantes engarrafamentos quanto das comunidades em volta, que facilitam os roubos”, diz Alessandra Guedes, de 45 anos, que há mais de 10 é caminhoneira.
”O ladrão não rouba carga, mas sim empregos. Se você não pode circular com a mercadoria na cidade, no estado… Se não pode passar pela BR 040, pela Avenida Brasil, por São Gonçalo… Como vai distribuir cargas? Qual empresa quer vir para cá com essa situação hostil?”, complementa, por sua vez, André de Seixas, presidente da Associação Brasileira de Logística, Transportes e Cargas (Abralog) e um dos organizadores do ato.
Vale ressaltar que, até o fechamento desta matéria, de acordo com o Centro de Operações Rio (COR), a manifestação não causava impactos ao trânsito da cidade. Ainda segundo o órgão, os motoristas ”ainda estão concentrados e as equipes da Prefeitura seguem no monitoramento”.