Hoje é feriado da Proclamação da República e porque não falar um pouco do palco que serviu para o Marcehal Dedoro da Fonseca? Qual foi o motivo para este momento histórico ter ocorrido lá? Era do lado da casa de Deodoro…
Além da razão mais conhecida, o parque que ocupa uma área de 155.200 m² (15,52 ha), foi também local em que Dom Pedro I foi aclamado Imperador e da Revolução da Vacina.
Veja um pouco mais sobre o parque, retirado do site da Fundação Parque Jardins da Prefeitura do Rio.
Há várias obras de arte no local, como as esculturas das Estações em mármore, monumento a Benjamin Constant, escultura em argamassa Luta Desigual, fontes francesas centenárias em ferro fundido. Destacam-se entre muitas árvores notáveis, o Ficus microcarpa, também conhecido como a "árvore que anda", por lançar suas raízes aéreas ao chão, formando novos troncos e a Ficus religiosa, um grupo de baobás, palmeiras originárias de diversas regiões e exemplares significativos da flora nativa, como o Pau Brasil.
Até o século XVII, fazia parte de um grande descampado, denominado Campo da Cidade cuja extensão compreendia a rua da Vala (atual Uruguaiana) até o caminho de Capueruçu. No final deste século, passou a área ser chamada de Campo de São Domingos, quando esta irmandade obteve autorização para construir ali um templo.
No início do século XVIII surgiram as primeiras chácaras e a igreja de Nossa Senhora de Santana, que deu nome ao campo. Neste período o local era utilizado como área de despejo de lixo e esgotos da cidade, uso que foi abolido com as reformas promovidas para a chegada de D. João VI, em 1816. Estas reformas implicaram na instalação do 1º Quartel Militar da Cidade e na adaptação do Campo de Santana em área de manobras e exercícios militares. O campo era também utilizado para a realização de grandes festas públicas religiosas e oficiais, como a aclamação de D. João VI e D. Pedro I, Imperadores do Brasil.
Até meados do século dezenove, foram feitas diversas tentativas de arborização, mas nenhuma com sucesso. No início da década de 70 D. Pedro II encomendou ao paisagista e botânico francês Auguste François Marie Glaziou e ao engenheiro Francisco José Fialho, um projeto para a área. A construção deste jardim pelo período de 1873 até 1880, implicou na implantação de um traçado inglês semelhante ao utilizado no Passeio Público, onde se distribuiram mais de 60.000 plantas, grande parte colhidas na Floresta da Tijuca ou no viveiro que havia na Quinta da Boa Vista.
O parque foi dotado de pequenas elevações ou depressões gramadas, cercadas de árvores de copa largas como as figueiras. Glaziou buscou valorizar espécies nativas, criando um jardim onde há um jogo permanente entre os tons de verde, entre luz e sombra.
"Gansos no Campo de Santana"
Ainda no tratamento paisagístico dado ao Campo de Santana, destacam-se a gruta e as pontes, cuja estrutura foi feita de trilhos de estrada de ferro, imitando troncos de árvores, sobre belíssimos espelhos d’água.
Atualmente, o porte majestoso das figueiras seculares, com raízes torcidas e trabalhadas pela própria natureza, fazem do Campo de Santana um oásis de tranquilidade no movimentado centro comercial do Rio. No Campo de Santana está situada a sede da Fundação Parques e Jardins.
Lago no Campo de Santana
Várias obras de arte, significativas para a memória da cidade, podem ser apreciadas pelos visitantes, como o monumento em homenagem a Benjamin Constant, obra de Décio Vilares, Eduardo Sá e Vicente Ornelas, as estátuas em mármore "Inverno" e "Verão", de autoria de Paul Jean Baptist Gasg e "Primavera" e "Outono", de autoria de Gustave
Estátua "Primavera"
Frederic Michel, a escultura Luta Desigual, de autoria de Després de Cluny, quatro fontes ornamentadas com a figura mitológica europa, de Mathurim Moreau e o chafariz A Sereia, de Serres – obras em ferro fundido, produzidas nas Fundições do Val D’Osne, na França.
Por sua importância histórica, foi tombado em 1968, pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC).
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