O ano de 2016 chegou e com ele teremos um importante momento para o futuro do Rio de Janeiro. Olimpíadas? Não. Me refiro às eleições municipais.
Em outubro os cariocas escolherão não apenas o prefeito e os vereadores que conduzirão a Cidade Maravilhosa por 4 anos, mas também os atores políticos que terão a tarefa de administrar a ressaca dos Jogos Olímpicos e da crise econômica, com todos os seus efeitos financeiros, políticos, sociais e administrativos.
Contudo, afinal de contas, quem são as pessoas e quais os ideais que podem estar nos governando a partir de 2017? Bom, essa lista será definida oficialmente ao redor do meio do ano, mas as movimentações já trazem pistas.
O partido do atual Prefeito, o PMDB, dava como certa a candidatura do Deputado Federal Pedro Paulo, mas uma sequência de notícias negativas sobre sua conduta pessoal enfraqueceram essa certeza. O Deputado Federal Leonardo Picciani, o Deputado Estadual Carlos Roberto Osório e até o ex-Governador Sérgio Cabral são apresentados como opções. Até que se prove o contrário, a vitória de qualquer um deles representaria a continuidade do projeto que tem hegemonia já há alguns anos na Cidade e no Estado do Rio.
Campo Conservador conta com Crivella e talvez um dos Bolsonaro
No campo mais conservador, o Senador Marcello Crivella (PRB), que foi ao segundo turno nas eleições para Governador e tem conexão com os eleitores evangélicos, se coloca como candidato e pontua bem nas pesquisas. O atual membro do PRB poderia tentar a Prefeitura por outro partido que seja menos vinculado à Igreja Universal e deve receber o apoio do grupo político do ex-Governador Anthony Garotinho (PR).
Também existe a possibilidade de um Bolsonaro ser candidato a Prefeito pelo PSC. Seja o pai Jair, Deputado Federal, ou o filho Flávio, Deputado Estadual. Sem dúvida seria uma novidade programática na disputa da Prefeitura levando em conta os últimos pleitos e qualquer um dos dois aproveitaria, mais ou menos, a atual popularidade do sobrenome.
Centro pode ter Otávio Leite, Luiz Paulo, Indio da Costa, Hugo Leal ou mesmo Cesar Maia
Os partidos mais ao Centro, por sua vez, dão a entender que ainda aguardam fatos novos para uma definição. O PSDB poderia lançar um candidato próprio, como o Deputado Federal Otávio Leite ou o Deputado Estadual Luiz Paulo, mas também poderia fazer parte da base de apoio de outro postulante. O mesmo vale para o PSD e para o Democratas que podem apoiar um candidato de outro partido ou lançar os nomes, respectivamente, do Deputado Federal Índio da Costa e do ex-Prefeito e atual Vereador Cesar Maia, sendo que este último pontua bem nas pesquisas. Já o PROS cogita a candidatura do Deputado Federal Hugo Leal, ligado aos eleitores católicos.
Além disso, todos esses partidos mais ao Centro cogitam uma aliança ampla em torno de um destes candidatos ao invés do apoio a um dos nomes mais consolidados da corrida.
Pela esquerda tem Marcelo Freixo e Alessandro Molon
Por fim, no campo mais à esquerda, o Deputado Federal Alessandro Molon se filiou à REDE com a intenção de concorrer à Prefeitura e Jandira Feghali é cogitada no PCdoB, mas o postulante mais forte desse setor parece ser Marcelo Freixo, Deputado Estadual bem votado pelo PSOL e segundo colocado na disputa municipal de 2012.
Além deles, ainda existe quem diga que o Senador Romário poderia ser candidato pelo PSB, enquanto outros afirmam que o baixinho não se arriscaria a ver o tema de sua suposta conta na Suíça ser divulgado ao longo da campanha.
Neste momento, alguém poderia perguntar: Mas e o PT? Bom, o PT sabe que está mal visto, impopular e manchado pelos escândalos de corrupção. Sendo assim, ficará quieto e participará da aliança de algum dos candidatos, ou até mesmo se dividirá entre o nome do PMDB e Marcelo Freixo, que deve ser apoiado pelo Senador petista Lindbergh Farias.
Em resumo, a disputa desse ano para a Prefeitura carioca é dinâmica e novas notícias estão alterando o quadro a cada momento. Este é o cenário atual. Após o maior Carnaval do mundo, já não se sabe quais serão os novos episódios.