As últimas pesquisas continuam mostrando uma situação embolada para o 2º turno, com Marcelo Crivella (PRB) em 34% mantendo sua dianteira, com Marcelo Freixo (PSol) e Pedro Paulo (PMDB) embolados em 2º com 10% e atrás empatados tecnicamente, também em 2º, estão Indio da Costa (PSD) que tem 8%, Jandira Feghali (PCdoB) e Flávio Bolsonaro (PSC) com 7% e ali mais atrás Carlos Osório (PSDB) que tem 4%. E esse número tão grande de candidatos está ajudando exatamente o PMDB de Pedro Paulo e explico o porquê.
Primeiramente, Pedro Paulo Prefeito
O de Jandira é o caso mais conhecido, assim como Freixo está no espectro da esquerda e muito de seus votos poderiam ir para o candidato do PSol. Se metade fossem neste momento, ele se isolava em 2º com 13%, não o suficiente para respirar com folga, ainda estaria tecnicamente empatado com Pedro Paulo, mas poderia dar gás em sua campanha.
A verdade é que para alguém que adora dizer “Primeiramente Fora Temer” e “Contra o Golpe do PMDB” nesse momento Jandira está servindo exatamente para ajudá-los a levar no 2º turno. O que deveria ser tudo que ela não queria. Quem sabe no debate de hoje na Globo, ela decide declarar logo o voto a Freixo? Até porque com sua rejeição, mesmo indo para o 2º turno, ganharia de Marcelo Crivella.
Osório sai do PMDB, mas o PMDB não sai de Osório
Carlos Osório (PSDB) poderia ter sido candidato a prefeito pelo PMDB . Mas Eduardo Paes foi teimoso e insistiu em Pedro Paulo. Mas Osório queria ser candidato a prefeito do Rio. Bem, Osório acabou saindo do PMDB e vindo candidato pelo PSDB com um discurso de que não é político. Se no começo ele poderia alegar que tinha potencial, o resultado das pesquisas mostra que não (exceto um DataFolha que saiu totalmente do padrão) e seus 4% podem ser a diferença para ajudar a levar um candidato de perfil gestor parecido para o 2º turno, o Indio da Costa.
Se Indio levasse ao menos mais 3%, empataria com Freixo e Pedro Paulo e poderia herdar aquele voto de direita que não quer Freixo no 2º turno, especialmente dos eleitores menos extremistas de Bolsonaro (aqueles que não acreditam em pesquisa e que Flavio está na verdade em primeiro porque todos amigos votam nele), além do centro que está indeciso mas sente ojeriza ao PMDB mas quer uma alternativa a Crivella.
Mas, claro, isso é impraticável de pensar hoje. Ambos candidatos não pensam no melhor para a cidade, apenas no melhor para si mesmo. O que falta hoje na nossa política é altruísmo.