Cariocas trabalham mais de 16 dias no mês para ter alimentação básica em casa

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), também mostra que o Rio registrou a segunda maior alta nacional no preço da cesta básica

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Foto: Gustavo Azeredo

Segundo dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Rio registrou o segundo maior aumento no preço da cesta básica, que reúne os alimentos necessários para refeições de uma pessoa adulta, com valor médio de R$ 621,09. A Capital Fluminense ficou atrás apenas de São Paulo, que teve R$ 631,46 em dezembro.

De acordo com cálculos da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, considerando uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, o carioca deve trabalhar 130 horas e 46 minutos para ter o básico em sua mesa, o que equivale a mais de 16 dias de trabalho no mês.

No total, o Dieese levantou o preço da cesta básica em 17 capitais brasileiras, e todas tiveram aumento fecharam o ano de 2020 com aumento.

Ainda em âmbito nacional, quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro, na média, 56,57% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos. Dessa forma, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90.

Na cidade do Rio, onde a cesta teve oscilação de 20,15%, o produto com maior variação no ano passado foi o óleo de soja, com 93,26%. Isso ocorreu porque o Brasil exportou um elevado volume de soja e derivados, restringindo a oferta para o mercado interno.

O arroz foi o segundo item com maior variação: 66,15%. Além da desvalorização cambial, o preço mais caro é consequência da diminuição da área plantada nos últimos anos; e do abandono da política de estoques reguladores por parte do governo.

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