Carnaval 2024 bate recorde de público e movimenta R$ 5 bilhões na economia da cidade

Balanço divulgado pela Prefeitura mostra que em todas as frentes o evento foi um sucesso, com resultados além do esperado. Pela primeira vez, festa teve contagem de foliões

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Bloco Fervo da Lud 2024 / Foto: Fernando Maia (Riotur)

O Carnaval 2024 registrou resultados acima do esperado, segundo o balanço divulgado pela Prefeitura do Rio, nesta quarta-feira (21). Segundo a Riotur o evento foi um “feriado de recordes para a cidade”, com 8 milhões de pessoas participando da festa, R$ 500 milhões acumulados em impostos arrecadados e giro de R$ 5 bilhões na economia da cidade. O levantamento também considera os empregos gerados, informações sobre a infraestrutura da festa e logística dos eventos.

A edição atual dos festejos de Momo arrecadou R$ 40 milhões em impostos sobre serviços (ISS) relacionados ao turismo, contra R$ 25,7 milhões do ano passado. Com o Carnaval, a Prefeitura arrecadou R$ 500 milhões, apenas no mês de fevereiro. No que diz respeito à geração de empregos, o evento abriu  50 mil vagas diretas: 20 mil agentes públicos no Sambódromo, 15 mil autônomos, 13 mil ambulantes e 2500 controladores de tráfego.

“O Rio voltou a protagonizar, né? O maior e melhor carnaval de rua de todo o Brasil. Com muito respeito e humildade aos outros estados, mas o nosso carnaval é diferente. Tem uma peculiaridade específica, nossa geografia ajuda muito, e a gente consegue se espalhar pela cidade inteira”, celebrou o presidente da Riotur, Ronnie Costa, segundo o jornal O Globo.

Este ano, a Prefeitura empregou câmeras que medem calor corporal e são ligadas ao Centro de Operações, para chagar aos oito milhões de pessoas participantes da festa. Além disso, o poder público também contou com o auxílio de equipes nos acessos aos megablocos e aos locais de desfiles, o que permitiu uma grande festa, sem nenhuma intercorrência relevante.

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“Tanto nós do município quanto do governo do Estado, com a Polícia Militar, a Polícia Civil, aumentamos o efetivo de entes públicos. Ampliamos a estrutura desses eventos e não tivemos nenhuma intercorrência. Tivemos, além das revistas, que já tínhamos no ano passado, as câmeras de reconhecimento facial. Foi um sucesso”, explicou a presidente da Riotur.

Dos 8 milhões de foliões que passaram pela cidade, seis milhões participaram de blocos de rua e dois milhões dos eventos na Sapucaí, Intendente Magalhães, Terreirão do Samba, desfiles da Avenida Chile e Cinelândia e bailes populares, que contaram com 60 palcos montados distribuídos pela cidade.

Carnaval sustentável

O relatório da Prefeitura também contemplou números ligados à sustentabilidade ambiental. Somente nas noites dos desfiles do Grupo Especial e da Série Ouro, no Sambódromo, foram recolhidas 24 toneladas de fantasias e adereços. O material é selecionado, reciclado pelo Projeto Carnaval Sustentável, que envia os insumos para escolas e projetos sociais.

A quantidade de lixo gerada na edição 2024 também foi maior do que a da edição anterior, com 1400 toneladas de lixo sendo coletadas entre 13 de janeiro a 18 de fevereiro. Só os blocos de rua produziram 738 toneladas de resíduos. No último fim de semana, foram recolhidas 53,8 toneladas dos blocos que saíram pela cidade.

Após o trágico incidente com uma fã da cantora Taylor Swift, que morreu de exaustão térmica, as administrações do Rio determinaram a distribuição de água nos grandes eventos. O presidente da Riotur destacou que essa também foi uma preocupação da Prefeitura diante do forte calor que atingiu a cidade durante o Carnaval.

“Ofertamos pontos de hidratação, fizemos um convênio com o governo do Estado. Tivemos aguadeiros e carros-pipa. A mudança de muitos blocos para o horário da manhã também contou com isso”, disse Lessa.

Considerado o bloco do carnaval 2024, o Fervo da Lud, que reuniu mais de um milhão de foliões, teve o seu fim antecipado por causa do calor. Durante a sua apresentação, Lud levantou a possibilidade de alterar o horário da passagem do bloco no próximo Carnaval, medida que está sendo avaliada pela produção do evento.

Blocos de rua tiveram grande participação popular

De acordo com o balanço da Prefeitura, entre 13 de janeiro e 18 de fevereiro, a cidade registrou 399 desfiles de rua, sendo 113 deles no Centro. A Zona Sul contabilizou 88 blocos; seguida por Grande Tijuca, com 53; Zona norte,50; Ilhas, com 26 desfiles; Grande Bangu, com 26; Zona Oeste, 23; Barra/Recreio/Vargens, registraram 11; e Jacarepaguá, com 9. Segundo o documento, o dia 11 de fevereiro concentrou o maior número de blocos simultaneamente na cidade: 62.

Sapucaí, Terreirão do Samba e Intendente Magalhães

A Marquês de Sapucaí, em seis dias de desfiles do Grupo Especial, Série Ouro e escolas mirins, recebeu aproximadamente 120 mil pessoas por dia, entre espectadores, trabalhadores e desfilantes.

Já no Terreirão, foram 41 atrações em dez dias de festa.

Já Intendente Magalhães contou com a presença de 250 mil pessoas nos seis dias de desfiles. No total, o grupo de avaliação contou com 16 escolas; a Série Bronze, com 32 escolas; e a Série Prata, com 24. Além disso, a Intendente teve dez dias de desfiles de blocos de enredo.

Bailes populares

Os 60 palcos espalhados pela cidade geraram um público de 720 mil foliões. Os bailes da Avenida Chile e da Cinelândia, região central do Rio, receberam aproximadamente 40 mil pessoas.

“É importante que tenhamos carnaval em todas as regiões da cidade, e os palcos foram uma forma de descentralizar”, disse o vice-presidente da Riotur, Gustavo Mostof.

Informações: O Globo

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3 COMENTÁRIOS

    • Claro que boa parte fica no Rio, sim!

      É até bem óbvio…?

      Garçons com maiores gorjetas, vendedores com mais comissões, proprietários com renda extra de aluguéis por temporada, receita superior ao normal nos restaurantes hotéis, supermercados, etc.

    • O que não fica no Rio são os royalties do petróleo e gás, milhões arrecadados pelas seitas evangélicas, grandes empresários, já que eles não pagam impostos, e muitos outros

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