Carnaval: Festa para alguns, confusão e irritação para outros. Colunista Rosane Ventura fala sobre quietude e barulho

"Por que não um pouco dos dois?", indaga ela.

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Tradicional Bloco Bangalafumenga desfila alegria no Carnaval Carioca

Época de Carnaval e muitos de nós podemos nos deparar com essa dúvida. Afinal, tempo de descanso, de recarregar as energias ou de gastar parte delas?

Sinto que todos nós somos de fases assim, como a natureza que tem seus ciclos.

Quem nunca amou ou ainda ama se esbaldar e curtir de pôr do sol a pôr do sol os bloquinhos de rua?

Há quem prefira festas mais glamourosas, como os bailes de gala de carnaval com o som das baterias e dos Djs mais famosos da cidade. Som alto, ritmo nas alturas, não é mesmo?

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Mas existem também aqueles que preferem fugir da cidade grande e ir para um lugar mais pacato para fugir da bagunça, do barulho e se aproximar da quietude.

Ficar na nossa cidade ou até mesmo viajar, mesmo que não seja para pular carnaval, dependendo do que se opte em fazer de programação, pode ser bem desafiador. Isso porque é uma época que tudo se altera, inclusive o trânsito, transformando um dia a dia simples em algo caótico e estressante para quem não está na “vibe carnavalesca”. Festa para alguns, confusão e irritação para outros.

Eu confesso que cada vez mais tenho buscado o caminho do meio. Ou mais próximo dele. O tal do tão almejado equilíbrio. Por que não um pouco dos dois? Barulho e quietude?

Afinal, vivemos em um mundo dual, onde tudo tem dois lados. Somos feitos de duas energias, solar e lunar, yin e Yang. Todos nós precisamos de um pouco de tudo. Nem tão lá, nem tão cá. Isso não quer dizer que a gente não possa optar por um lado e por outro.

Mas devemos lembrar que barulho externo não quer dizer barulho interno. E o silêncio externo também não garante silêncio interno.

Temos aproximadamente 70 mil pensamentos por dia, o que já torna tudo já bem barulhento. As vezes, o barulho externo pode nos levar a uma distração do ouvir interno. A quietude externa nos convida a aquietar internamente, mas não necessariamente acontece dessa forma.

Nos meus últimos anos de Carnaval, tenho buscado um pouco de festa para me alegrar, um pouco de sol e mar para me revigorar, um pouco de atividade física para liberar hormônios de bem estar e limpar o álcool do corpo. Encontro com aqueles amigos que não vejo há muito tempo e transborda o coração. Um pouco de contato com a natureza, silêncio e pausa para me restabelecer antes da volta do feriadão. Nem oito, nem oitenta.

Nem sempre precisamos optar por uma coisa ou outra. Talvez o melhor caminho seja um pouco das 2 opções.

E você, já decidiu se vai de barulho ou quietude?

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Rosane Ventura, especialista em saúde mental, Yoga e Mindfulness, é comprometida em promover bem-estar emocional. Referência em terapias holísticas e práticas ancestrais, fornece orientações para enfrentar desafios do dia a dia e lidera retiros espirituais focados em autoconhecimento.
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1 COMENTÁRIO

  1. Gostava de Carnaval. Com o passar dos anos deixou de ter a importância de antes. E veio a pandemia de covid nos anos 2020/21. Uma das lições que aprendi é que existe coisas mais importantes na vida. Uma delas é se voltar ao uno, se colocar como o elo vital da existência. Carnaval e parte da vida. E para existir, precisa de grupos de influência, a massa. E veio o Carnaval da democracia da nossa cidade. Na proposta é lindo: blocos o mês inteiro, desfiles durando 10 dias como o de Madureira. Ali estou vendo o pior do mundo, moradores a noite trancados em casa num calor infernal tentando amenizar o barulho e a fumaça de comida vindo de calçadas e portas de casas e garagens ocupados…Durante o dia,um silêncio digno de filme de fim do mundo. Os poucos que saem e circulam durante o dia vão em zig-zag tentando entender o turbilhão que varreu suas vidas ja que pasa eles não ha descanso, dura as 24 horas do dia entre desfile, reparos, limpeza e batuque. Agora compreendo o que é a tortura moderna, trancando a pessoa por dias ouvindo ruídos desconexos sem intervalo. Claro, ela ficará louca. Uma coisa é certa. Tal evento recorrente na vida do ser humano o fará enlouquecer, buscar isolamento. Dizem que O Carnaval é democracia, rua ocupada, certo. Mas o direito que quem precisa de sossego precisa ser garantido ou que o tempo de cada um seja respeitado. Do contrário é barbárie, só resta fugir, fugir e fugir. Agradeço o jornal por permitir artigos como esse da Rosane

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