
O casarão que desabou parcialmente na noite de 8 março deste ano, na Lapa, região Central do Rio, está sendo depenado, segundo denúncias feitas ao DIÁRIO DO RIO.
De acordo com uma fonte do jornal, nas últimas noites, pessoas teriam entrado no prédio, de propriedade da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio (SMCRJ), e arrancado bancos do anfiteatro. Na noite desta quinta-feira (27), foram retiradas vigas da construção.
A identidade dos depredadores do patrimônio histórico do Rio de Janeiro ainda é desconhecida, bem como o destino das peças furtadas. Como em outras construções há o risco das práticas delituosas perdurarem.
A edificação está localizada no número 197, da Avenida Mem de Sá, a principal via da Lapa. A SMCRJ é proprietária do imóvel há mais de 100 anos.
O prédio já estava interditado pela Defesa Civil da cidade, antes do desabamento. Mas, de acordo com a subprefeitura, pessoas teriam a faixa de interdição para pernoitar no interior do prédio.
No momento do desabamento não havia ninguém no imóvel. Na manhã seguinte, domingo (09), o prédio voltou a ser interditado por questões de segurança.
Dada a extensão do incidente, equipes da Comlurb tiveram quer acionadas para remover os escombros e cortar uma árvore atingida e que tombou sobre parte da calçada e da Mem de Sá.
Em 2019, foi iniciada uma ação para arrecadar R$ 25 mil que seriam destinados a melhorias na edificação. Mas até o dia do desabamento somente R$ 1200 haviam sido doados, conforme apurou o DIÁRIO DO RIO.
A sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia integra uma Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC) do Centro do Rio. Com isso, toda intervenção na estrutura deve respeitar o projeto original.
O antigo casarão, com elementos de Art Nouveau, possuía dois andares. No local, eram guardados equipamentos de cirurgias originais, de quando a prática médica dava os primeiros passos no Brasil. Por sua antiguidade, o piso, janelas e a porta principal eram em madeira.
Bom, não estavam esperando outra coisa, né?
Para os proprietários, é bom, menos entulho.
Agora, se era tão importante todo o acervo, porque a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio (SMCRJ), não contratou uma empresa de vigilância? Eles queriam é isso mesmo.
Não foi por falta de aviso, né?
O acervo não deveria ser tão importante assim…