Construído em 1918, o Castelinho do Flamengo está prestes a passar pela tão esperada reforma. O imóvel, que já foi residência do comendador Joaquim da Silva Cardoso, um dos fundadores e presidentes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio, é um ponto de referência na Praia do Flamengo, na esquina com a Rua Dois de Fevereiro.
Até 2020, o Castelinho abrigava o Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho. Desde a década de 90 que o edifício foi convertido a uma casa de cultura pela Prefeitura do Rio, que está gerindo o prédio há quase 50 anos. Após anos de tentativas frustradas de revitalização, a boa notícia veio em maio deste ano, quando o município contratou a Axal Consultoria e Projetos para elaborar um projeto completo de recuperação do prédio.
De acordo com a placa instalada na fachada, as obras estão programadas para acontecer em etapas. Este mês deve ser entregue o projeto executivo de restauração. Em dezembro, está prevista a reabertura do anexo, uma galeria que faz parte do complexo. A execução da restauração integral e a recuperação estrutural do Castelinho devem ser concluídas até agosto de 2025, quando o prédio deverá retornar às atividades.
O edifício, tombado como patrimônio histórico desde 1983, apresenta uma arquitetura rica em detalhes ornamentais, incluindo vitrais, azulejos, esculturas e frisos. No entanto, problemas estruturais têm dificultado o pleno funcionamento do espaço. Recentes vistorias da Secretaria Municipal de Cultura revelaram graves problemas, como rachaduras, infiltrações e a proliferação de cupins, que ameaçaram a integridade do imóvel, que inclusive chegou a ser ameaçado de demolição por conta da especulação imobiliária do bairro na década de 80.
