CCR Barcas anuncia fim das atividades em fevereiro

A empresa afirma que tinha que receber R$ 1 bilhão do governo do estado para que o serviço fosse mantido, mas as negociações não foram bem-sucedidas

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Foto: Divulgação CCR Barcas

A concessionária CCR Barcas, que administra o transporte aquaviário do RJ, anunciou nesta sexta-feira (11/11) que encerrará em fevereiro as suas atividades. A empresa afirma que tinha que receber R$ 1 bilhão do governo do estado para que o serviço fosse mantido, mas as negociações não avançaram.

Veja a íntegra da nota

Após seguidas manifestações e tentativas de se chegar a um Acordo com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a fim de contribuir com os interesses dos clientes e, ao mesmo tempo, obedecer às regras e prazos contratuais, a CCR Barcas lamenta informar que as negociações não chegaram a bom termo.

Assim sendo, com três meses de antecedência do prazo final do Contrato de Concessão, a companhia dá início à adoção de procedimentos para encerramento de suas atividades, o que irá ocorrer em 12/02/2023. Essa medida já foi comunicada às autoridades, em tempo hábil para que o Estado tome as providências necessárias para assegurar a continuidade da prestação dos serviços de transporte aquaviário.

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Ao jornalista Edimílson Ávila, o Governo do Estado disse que “não considera qualquer perspectiva de interrupção da prestação do serviço à população”.

As negociações seguem em andamento e o Governo do Estado trabalha para encontrar uma solução em conjunto com a concessionária. A Secretaria de Estado de Transportes informa ainda que os trâmites para elaboração da nova modelagem do sistema aquaviário junto à UFRJ estão dentro do prazo”, disse o governo.

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30 COMENTÁRIOS

  1. Finalidade de empresa privada é Lucro, se a conta no final do mês é negativa entrega-se ao proprietário.
    Transporte público de ter subsídio do estado.

  2. Qualquer comentário que tente descredibilizar a qualidade dos serviços que durante anos foram prestados pelo STB – Serviços de Transportes da Baia de Guanabara, desde a encampação pelo governo federal, à época, administrada pela Companhia Cantareira e Viação Fluminense (de propriedade da família Carreteiros), que mais tarde , em 1977, foi transferida (a título de doação) pelo Governo Federal, ao governo do Estado do Rio de Janeiro, que alterou a sua denominação social para CONERJ- Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro, e total falta de conhecimento da forma operando dos transportes aquaviário realizado pelo governo, pois nas décadas de 70 e 80, a CONERJ- era responsável pelo transporte de 200 mil passageiros/dia, o que fazia com excelência e respeito aos seus usuários.
    Era uma empresa de cunho social, não visava lucro, cuja finalidade era a realização de transporte público social de massa, o que fazia muito bem, haha visto os registros da época, ao contrário das empresas que ganharam a concessão, após o sucateamento da CONERJ, para justificar a sua privatização. O estado subvencionava a Companhia, por se tratar de empresa sem fins lucrativo, ou seja, não visava lucro advindo dos serviços ofertados aos seus milhares de usuários, o que não acontece com a CCR, que levada por interesses lucrativos, como qualquer iniciativa privada, disputou e ganhou a concorrência. A partir daí, além do aumento das tarifas, o que quando era do Estado a tarifa era de cunho social, proporcionando um custo bem reduzido aqueles que utilizavam os seus serviços. Como se não bastasse, amém do aumento das tarifas, onerando os passageiros, eles ainda arrendaram o espaço que era destinado ao estacionamento dos então funcionários da CONERJ, passando assim a lucrarem mais ainda, e como se não bastasse, fatiaram os espaços do prédio da sede/administração da Companhia na Pça XV, na Pça Araribóia em Niterói, em Paquetá e na Ribeira, Ilha do Governador, lucrando com os alugueis cobrados, dos espaços do interior das estações cujas receitas acredito fossem bem lucrativas. Desta, falar, depois de todas essas formas de angariar receitas, ah, ainda tem as publicidades na parte externa das embarcações, o que na época da CONERJ era proibida a veiculação dessas propagandas pela Capitania dos Portos, ainda querer ser subvecionada pelo estado é completamente imoral. Então que volte a CONERJ, de preferência com quem sabe administrar, ou seja seus antigos funcionários. Todos ganharam, principalmente os usuários e o Estado

    • Sr. Murilo da CONERJ, legal o seu relato histórico, mas eu não acredito em tudo o que você disse não. Dizer que a CONERJ era de excelência… fala sério! O senhor se vale da falta de memória que todos temos do passado distante. Tal como o serviço do BANERJ era uma droga, tal como o serviço da CEDAE é uma droga, tal como o serviço da CTC (ônibus do estado) era uma droga, tal como o serviço da FLUMITRENS era um droga… tal como o serviço da CODERTE era uma droga… o serviço da CONERJ era uma droga!

      Se cobrava preço módico, até acredito: o que o senhor não chama a atenção é que isso causava rombo pras contas públicas no orçamento estadual. Assim é mole, deixar para que todos os fluminenses paguem pela ineficiência da CONERJ.

      O Governo do Estado pode até voltar pra CONERJ, mas em nenhuma hipótese isso será bom. Muito melhor é o Governo do Estado relicitar o sistema, cumprir as regras do contrato – coisa que ele não fez com a CCR Barcas.

      Outra: é só uma aposta minha mas… se o Governo do Estado deixar parar o sistema quando ela entregar, eu acho que ele não retoma os serviços ele próprio. Ou acha um outro doido pra tocar ou deixa parado pra sempre.

  3. Bandidos de um lado (todos os governadores ladrões do RJ que foram parar na cadeia), bandidaços do outro (vagabundos criminosos, buchas de milicianos e matadores de aluguel que dominam o transporte público no estado) nos últimos 30 anos levaram a essa situação. Castro vai apenas girar mais uma radada nesse esquema e se credenciar a ser o 6* governador a ir para a cadeia. É o povão fica literalmente a ver navios, ou barcas.

  4. O Castro está certíssimo, se essas barcas não dessem lucro ninguém prestava esse serviço. Com certeza outra entrará e vai deitar e rolar na grana. Esse dinheiro vai fazer muito bem ao Estado.

  5. Verdade. Na minha cidade, uma cidade do Espírito Santo, idoso paga menos; Mas paga. Concluíram q se Nao pagassem, iriam lotar os ônibus, andar a toa, passear a vontade , por ser de graça. Estariam lotando q condução, ocupando espaço de quem trabalha. Eu concordo, acho justo cobrar um valor menor. Pq pode eles podem não ter dinh pra passagem . Mas, tem pra baile de 3a idade, festas e viagens. Eles recebem o mesmo salário q muitos jovens pagantes recebem, ou até mais, pq MTS recebem pensão de maridos falecidos.

  6. Gostaria de responder ao Sr. Edson Gomes da Silva, que finaliza suas palavras raivosas com STF e “faz um L”… O assunto é o governo do estado, né? PL , Cláudio Castro… Daí teve o witzel e os demais… Cara na boa… Ridículo

  7. Será que e. Assim??? Hj nesse país e sempre o monopólio.. um dono e aceita que dói menos.. hj que deveríamos rever e isso concorrência e que seja leal e de uma pessoa que já tenha baixareu na área … No dia que isso existir acaba esse monopólio e dara oportunidade aquele que fazer de verdade uma prestação de qualidade.. não adianta empurra com a barriga máquina velha que vai quebrar hj em mundos mais sustentável e mais fácil contrário desse geso querbar e colocar a máquina pra fazer pelo povo e não em paliativo.

  8. Não tem que haver subsídio algum, se o negócio não é rentável, o caminho é esse abandona-se o barco. Segue o jogo. Não tem barca? Vá de ônibus! Ah mas e a ilha de Paquetá? Urubu! Mude-se para o continente! Não pode é o contribuinte que não usa esse serviço ter que subsidiar para quem usa. Cada Cahorro que lamba sua caceta.

  9. Governo do Estado prometeu uma remuneração às barcas desde 1998 e confirmou este compromisso durante anos com diversos e seguidos mandatos de vários partidos. Foram Alencar, Garotinho, Benedita, Garotinho, Cabral, Pezão, Dornelles, Witzel e agora Castro.

    Nunca foi atingida a tal remuneração. Acumularam-se R$ 1 bilhão em não-recebidos pra equilibrar o que fora prometido. Agora que o prazo esgotou, que ela não precisa mais continuar prestando serviço tomando fumo, a CCR Barcas disse pro Governo do Estado “é ou dá ou desce”.

    Governo do Estado decidiu descer, bancou o machão. Tudo bem, então vai ter de reativar a CONERJ, vai deixar as barcas sem rodar durante meses enquanto isso porque não vai ser rápido suficiente pra treinar pessoal e montar empresa e concurso… ainda que consiga, o serviço vai ser aquele serviço ruim que só funcionário público sabe oferecer.

    O povo que usava as barcas vai reclamar e sentir saudades da CCR Barcas.

    Governo caloteiro e sem palavra é isto: não tem compromisso com contratos de concessão. Só maluco vai querer pegar o novo contrato, porque sabe que vai ser mal tratado.

    A Supervia e o MetrôRio estão no mesmo balaio, nesta mesma enrascada.

  10. O FAMOSO CONSÓRCIO DE ÔNIBUS QUE SÓ TEM UM DONO, E O MAIOR INVERTIDOR DISSO TUDO, ESTÁ SAINDO DA CADEIA, O “DESCOBRIDOR DO BRASIL”, ELE VAI DA JEITO, VAI FALAR ? EM COLOCAR UM BRT POR DEBAIXO D’AGUA, ORÇAMENTO VAI FAZER E BARCAS DE DINHEIRO E MAIS BARCAS DE DINHEIRO VAI GASTAR, MAS SE VAI FICAR PRONTO É OUTRA QUESTÃO. VIVA O STF. FAZ UM “L”.

  11. Esse sistema aquaviário da Baía de Guanabara tem caveira de burro …Tinham os aerobarcos, que ofereciam um serviço rápido, eficiente,mas a Transtur faliu. Depois veio a Barcas S A,e aquelas barcas da década de 60 continuavam lá,veio a CCR,trocaram as barcas e a lentidão continuou. Agora também eles estão se mandando. Fica-se a pensar na situação dos funcionários,com data marcada pra perderem seus empregos. Essas empresas de ônibus têm uma força,que vou te contar…

  12. A falta de conhecimento técnico sobre licitações e contratos, além da titularidade do poder público na prestação do serviço, faz pessoas olharem os valores e deduzir que é muito dinheiro e indevido. Vamos estudar mais antes de falar.

  13. Empresas trabalham com perspectivas que nada mais são do que apostas no futuro. A CCR já sabe que o Brasil vai falir nos próximos anos e que será impossível manter sua operação nas Barcas. Parabéns à direção da companhia por ser responsável e tomar providências antes do prejuízo.

  14. Eu queria que alguém me explicasse essas concessões, uma empresa cobra alto em uma tarifa, então porque o Estado tem de ficar injetando dinheiro. Eu gostaria muito que o Estado me ajudasse a administrar meus gastos mensais pagando minhas contas.

  15. Chupar 1 bilhão de canudinho dos cofres públicos é que tá certinho né? Quantas barcas zera da pra comprar com esse investimento? 2?

  16. Pega fogo, cabaré. CONERJ vem aí e o povo que só reclama das tarifas e quebra os trens da supervia vai ver o que é bom pra tosse.

    Deixar na mão do Governo do Estado é 1000x pior.

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