A CCR Barcas alegou que só tem dinheiro em caixa para operar até sexta-feira (03/03). Por conta disso, propôs ao governo do estado uma redução na grade o que incluiria menos viagens e um intervalo maior. A Secretaria Estadual de Transportes não aceitou. Dessa forma, o funcionamento está normal. A informação foi divulgada pelo portal “Agência Brasil”.
O impasse continua, pois governo do estado e a concessionária ainda não homologaram o aditivo do contrato, pois a Justiça considerou ilegal.
No entanto, se o acordo com o estado para prorrogação do serviço por 1 a 2 anos não for homologado esta semana, o serviço pode ser completamente interrompido na próxima sexta-feira.
Ao “Blog do Edimilson Ávila”, o secretário de Transportes, Washington Reis, afirmou que não existe a possibilidade do serviço ser interrompido dia 3: “é mais fácil a baía secar, do que a barca parar”.
Em nota, a Setrans diz que “a prestação do serviço de transporte aquaviário será mantida conforme a grade atual, prevista no acordo firmado entre governo do estado e concessionária, em fevereiro deste ano, de forma a assegurar que não haja prejuízo à população. Embora ainda seja necessária a homologação da Justiça, o acordo foi assinado e está em vigor“.
Olha fala do bandido travestido de servidor público! No mínimo o cara acha que a solução do problema será na base da “voz grossa”. Pelo que entendi do assunto, a CCR, que diga-se de passagem foi alvo de reclamação constante ao longo de anos, pelo péssimo serviço, não tem, juridicamente obrigação de continuar os serviços. E por isso, o governo do estado, a muito deveria ter resolvido este imbróglio de outra maneira. Agora, quem vai pagar é o povo. Eu mesmo queria pegar uma barca à noite para a Ilha Grande e já não existe mais o serviço neste horário.
Meu Deus. Agora os governos estão “mandando” nas empresas, se usarmos como regra a fala do secretário de transporte. Pelo viés da fala, na próxima sexta testemunharemos a reedição da travessia do Mar Vermelho, fazendo com que os carros passem de Rio a Niterói e vice-versa pelo leito seco da baía. Não precisaremos mais do sistema de barcas, tudo resolvido. Mas, levando a sério o que está acontecendo, temos um concessionário com o contrato praticamente rompido, descumprido de todas as formas por um Estado que impõe mas se humilha para que esta empresa se mantenha tocando o barco. Para piorar quer que a mesma CCR ponha grana num serviço que dá prejuízo sem contrapartida. Dá para levar a sério um troço desses? Por fim, comentários como esses é que desmotivam o empresariado a produzir aqui.