Segundo a Cedae, os tratamentos adicionais na Estação do Guandu não resolvendo o problema da água, ou seja, a água continua chegando às torneiras com gosto e cheiro de terra. Ainda segundo a companhia, não há previsão para uma solução.

O presidente da Cedae, Edes Oliveira, em entrevista ao Blog do Edimilson Ávila, afirmou que a aplicação de carvão ativado e de argila lantânica não surtiu efeito. Apesar disso, ele destaca que a água alterada não traz danos à saúde.

Além disso, ele contou que está estudando tratamentos alternativos na lagoa de captação do Guandu, em Seropédica. Qualquer solução precisará de aval do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), pois envolve despejo de substâncias no leito do Guandu.

Ele disse ainda que os níveis de geosmina e demais compostos que alteram a água estão muito mais baixos que os encontrados há um ano, quando houve a “Crise da Geosmina” em 2020. Porém, ele não explicou o motivo de, com índices “100 vezes menores”, os tratamentos não darem certo este ano, já que ano passado, depois de um mês com água com odor, o carvão ativado resolveu o problema.

Nesta quarta-feira (04/02), o Bom Dia Rio mostrou um relatório da Cedae que apontou que em 17 bairros a água apresentou grau 8 em gosto. O tolerável pela própria companhia é 6. Quanto maior esse número, mais alterado está o líquido, seja no odor ou no sabor. Um grau zero significa água insípida, inodora e incolor.

Bairros onde a água chegou a grau 8 de gosto:

1. Bangu
2. Cachambi
3. Campo Grande
4. Encantado
5. Engenho Novo
6. Grajaú
7. Horto
8. Jacarepaguá
9. Jardim Botânico
10. Olaria
11. Pavuna
12. Pilares
13. Praça Seca
14. Realengo
15. Taquara
16. Tijuca
17. Vila Isabel

Vale ressaltar que nesta terça-feira (02/02), o presidentes da Cedae havia afirmado durante uma entrevista ao “Bom Dia Rio”, na TV Globo, que bebe água da torneira e que não sente gosto nem cheiro na água. Ele disse ainda que sentir gosto ou cheiro de terra depende da percepção olfativa de cada um.

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