Cedae prepara lançamento de laboratório de inovação socioambiental

Em fase de conclusão das obras, o espaço recebeu a visita de funcionários e representantes do governo do Estado, que fizeram tour guiado pelas instalações

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A Cedae abriu pela primeira vez, nesta terça-feira (22/02), as portas do Manancial, o laboratório de inovação socioambiental que vai funcionar no quarto andar da sede da Companhia, na Cidade Nova. Em fase de conclusão das obras, o espaço recebeu a visita de funcionários e representantes do governo do Estado, que fizeram tour guiado pelas instalações.

O laboratório foi criado com o objetivo de abrigar projetos de aceleração e incubação com foco no desenvolvimento de negócios sustentáveis, segurança hídrica e soluções socioambientais inovadoras. O Manancial reunirá startups, empresas, investidores, especialistas, quadros da Cedae e centros acadêmicos e de pesquisa, em busca de soluções para os desafios do saneamento e para a proteção dos recursos naturais.

O espaço teve seu nome escolhido por meio de votação interna entre os funcionários e vai oferecer uma agenda de eventos sobre temas relacionados a inovação, tecnologia e meio ambiente, além de promover “desafios de startups” para selecionar novos projetos para incubação e aceleração.

Com cerca de mil metros quadrados, o laboratório inclui espaço maker com impressora 3D para a criação de produtos, estúdio para a gravação de podcasts, arena para palestras, aquários para reuniões e áreas de coworking e de descompressão. Cada seção recebeu o nome de uma mulher de destaque nas áreas de Saúde, Cultura e Esporte.

A própria estrutura do laboratório foi criada com base em princípios socioambientais, com mobiliário produzido com material reaproveitado a partir de móveis e estruturas da própria Cedae, tapetes feitos com material reciclado e almofadas e estofados confeccionados na Oficina de costura Zuzu Angel, na ETA Guandu, por apenadas em regime semiaberto que integram o programa Replantando Vida, da Cedae.

Além disso, 150 mudas produzidas nos viveiros mantidos pelo programa, de espécies como pau-brasil, ipê, jatobá, jabuticabeira, pitangueira, quaresmeira e jequitibá, entre outras, formam a instalação “abraço verde”, contornando o salão principal. O espaço é decorado ainda com painéis criados pelo artista André Kajaman, criador do evento de grafite Meeting of Favela (MOF), retratando paisagens do Rio de Janeiro.

O secretário de estado da Casa Civil, Nicola Miccione, que conheceu o espaço, destacou a mudança de cultura em curso na Cedae. Segundo o secretário, a companhia era considerada “uma empresa pesada”, mas é agora “uma das empresas mais leves do Estado”. Ele destacou o papel do quadro funcional da Cedae ao longo da história da empresa e o novo foco em inovação, começando a “pensar o abastecimento de água do Rio para os próximos 30, 40 anos”.

“Isso vai ser exemplo no Estado, é o que se faz aqui no governo. Uma empresa estatal que dá exemplo para a iniciativa privada e para todos os outros órgãos”, afirmou Nicola.

O presidente da Cedae, Leonardo Soares, reafirmou a intenção de transformar a cultura da empresa diante do seu novo papel pós-concessões, utilizando a experiência do seu quadro de empregados, e destacou o papel que o Manancial terá neste processo:

“Nossa predisposição é fortemente em cima disso: a gente vai renovar cada vez mais e brigar com todas as forças pela segurança hídrica no Estado do Rio de Janeiro”, garantiu.

Primeiros projetos

Os dois primeiros projetos incubados no Manancial estão diretamente ligados à qualidade da água. O primeiro é a adaptação de filtro capaz de remover os microplásticos presentes na água dos rios. Criado pelo estudante fluminense Gabriel Fernandes, vencedor do prêmio Jovem da Água de Estocolmo 2021, o projeto será adaptado a estações de tratamento de grande porte. Gabriel já visitou a ETA Guandu em 2021 para iniciar os estudos.

O segundo projeto é a criação de sistema de monitoramento de poluentes, escolhido a partir de desafio lançado pela Cedae na 4ª edição Hacking Rio, em 2021, estreia da Companhia em “hackatons”. A ferramenta projetada pela startup Noah Smart City foi a vencedora do evento, propondo o uso de sensores para monitorar e controlar o lançamento de poluentes na Bacia do Guandu. Os equipamentos finais serão desenvolvidos no Manancial

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