Central de coleta de eletroeletrônicos de Realengo tira 20 toneladas de resíduos das ruas

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CENTRAL LOGÍSTICA REVERSA DE ELETRÔNICOS EM REALENGO / FOTOS: LUIS ALVARENGA

A Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos, inaugurada em 14 de outubro, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, já dá claros sinais de que será uma grande promotora da preservação ambiental fluminense, além de uma aliada na transformação da vida de trabalhadores ligados ao ramo da reciclagem. Em pouco mais de 1 mês de funcionamento, a agência de coleta seletiva Rio Park Recicla já recebeu aproximadamente 20 toneladas de resíduos, além de contar com mais de 65 catadores e cooperativas cadastrados.

O governador Cláudio Castro (PL), que esteve presente à inauguração da unidade, destacou a importância da iniciativa que impacta de forma positiva o meio ambiente fluminense, além de permitir que famílias carentes tenham uma vida digna. “O incentivo ao processo de reciclagem contribui para a redução dos lixões e para a geração de empregos, beneficiando catadores e cooperativas. É uma ação importantíssima que o governo do estado faz questão de apoiar com o objetivo de transformar a realidade sobretudo das famílias que perderam a renda durante a pandemia e tornar o Rio de Janeiro um lugar cada vez mais sustentável”, afirmou o governador.

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MATERIAL COLETADO E ENTREGUE À CENTRAL LOGÍSTICA REVERSA DE ELETRÔNICOS EM REALENGO / FOTO: LUIS ALVARENGA

Para Thiago Pampolha, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, as atividades da Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos têm gerado resultados variados na realidade fluminense. “Essa iniciativa otimiza a gestão de resíduos sólidos no território fluminense ao mesmo tempo em que valoriza a categoria de catadores de materiais recicláveis do Rio de Janeiro, o que é essencial para uma política de logística reversa eficiente”, explica Pampolha.

Os trabalhadores de materiais reciclados contam ainda com um auxílio extra: um cartão que fornece um crédito extra pelo descarte de plásticos. O benefício é resultado de uma parceria entre a agência de coleta seletiva com o Plastic Bank. O cadastro pode ser feito no próprio local, sendo que o catador, além de receber o dinheiro da agência pelo material coletado, ainda tem um bônus depositado seguindo uma tabela de preços.

O cooperado Jorge Nascimento, que trabalha no local explica: “A gente paga no momento da entrega do material. Dependendo da quantidade, se o valor da reciclagem passar de R$ 100, temos que fazer uma transferência por PIX”. Nascimento destaca que há um crescimento exponencial do material coletado e entregue para a reciclagem. Os catadores, segundo ele, estão aprendendo em quais condições o material deve ser entregue para ser transformado. No caso de panelas, por exemplo, o ideal é que sejam levadas sem cabos e parafusos; papelão, isopor e plásticos devem ser colocados em sacolas diferentes. Tudo isso facilita na hora de pesar.

A agência de coleta recebe plásticos, caixas, papelão, PVC, jornais, revistas, vidros, isopor, tetrapak, cobre, metal, chaparia, latinha, panelas, alumínio, chumbo, bloco, ferro e aço.  O local é um dos 123 pontos de coleta no Rio, e 148 em outros municípios fluminenses, totalizando 271. Todos os pontos são administrados pela Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE).

Edson Freitas, fundador do centro de reciclagem, chama o local de casa de câmbio da reciclagem, onde o trabalhador troca o resíduo reciclável por dinheiro. “Eu costumo falar que essa é uma casa de câmbio da reciclagem, porque as pessoas trocam material reciclado por dinheiro. Elas não reciclam por falta de oportunidade e o que a gente faz aqui é abrir oportunidade a partir de um modelo de negócio sustentável”, explica Freitas.

Catador Central de coleta de eletroeletrônicos de Realengo tira 20 toneladas de resíduos das ruas
UM DOS CATADORES ATENDIDOS NA CENTRAL LOGÍSTICA REVERSA DE ELETRÔNICOS EM REALENGO / FOTO: LUIS ALVARENGA

É o caso de João Paulo da Conceição Rodrigues, técnico de abastecimento de aeronave, de 41 anos, morador da Vila Vintém, em Padre Miguel, na Zona Oeste. Segundo João Paulo, apesar de trabalhar com reciclagem há anos, teve que se dedicar apenas a essa atividade após a sua demissão por conta da pandemia.

Eu trabalhava em aeroporto como técnico de abastecimento de aeronave. Quando percebi que seria demitido, em 2020, por causa da pandemia, comecei a me organizar para me dedicar integralmente à venda de material reciclado. Comprei uma carretinha para pegar mais material. Deu certo. Alguns eletrônicos, eu consigo recuperar. Outros, vendo para a reciclagem. Consigo fazer, em média, R$ 3 mil por mês”, conta João Paulo.

A Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Associação de Recicladores do Estado do Rio de Janeiro (ARERJ), Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE) e Prefeitura do Rio.


A Agência de Coleta Seletiva fica na Estrada Água Branca, 1.160, em Realengo.

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