Centro do Rio em recuperação: vacância cai e escritórios da região lideram locações na cidade

O Centro é a região que mais se destacou no quesito absorções e absorveu mais de 10 vezes mais escritórios que no último trimestre antes da pandemia

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Vista aérea do Porto Maravilha, no Centro do Rio - Foto: Reprodução

O Centro do Rio de Janeiro, principal polo comercial do município, passa por momento de retomada econômica após período nebuloso ocasionado pela pandemia e pela crise econômica. A região tem o maior número de carteiras assinadas do município e o cancelamento ou flexibilização do ”home office” por várias empresas têm sido sentido, com aumento no movimento das ruas e o aumento da ocupação dos escritórios.

De acordo com um levantamento realizado pela multinacional ”JLL”, especializada em consultoria imobiliária comercial, a capital fluminense teve, pelo 4º trimestre consecutivo, queda na taxa de vacância, sendo a atual taxa (38,1%) a menor desde o 3º trimestre de 2018. A empresa mede a ocupação dos escritórios cariocas a cada 3 meses.

Em meio a isso, a região central da cidade foi de longe a que mais se destacou no quesito absorções, isto é, ocupação de imóveis destinados a uso de empresas como escritórios. Considerando também o Porto Maravilha, são mais 15 mil metros quadrados outrora vazios que agora estão sendo utilizados, contra apenas 3 mil m² que vagaram. É uma absorção positiva de 12.000, considerada ótima notícia para a região. Para Wilton Alves, diretor da Sergio Castro Imóveis, o resultado era esperado: “temos alugado dezenas de escritórios por mês; algumas locações fechadas em prédios cuja negociação é exclusiva da Sergio Castro atingiram quase 5.500m2 no trimestre. A vacância ainda é grande, mas a procura está aumentando em progressão geométrica com o fim do ’home office’, uma política que não deu nada certo para a produtividade das empresas. Os empregados festejam mas as empresas já vêem que não podem viver apenas de agradar seus funcionários”. Alves frisou também que os preços da região estão convidativos: ”pode-se alugar um excelente andar com vista deslumbrante e acesso a 5 modais de transporte por quase 1/8 do preço de um escritório em Ipanema ou metade do valor de Botafogo”, assevera.

Vale destacar, entre exemplos de edifícios que ajudaram nessa movimentação positiva, a Torre 1º de Março, ocupada pelo Banco Bradesco (3.700m²), e o Centro Administrativo Cidade Nova, sede da Prefeitura carioca (1.500m²).

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”Essa queda tem a ver com uma combinação de novas locações aliadas a menores devoluções, caracterizando uma recuperação econômica da cidada conjugada com expectativas positivas pela frente”, explica Marcelo Haddad, CEO da Aliança Centro-Rio, entidade fundada por grandes operadores imobiliários da região como o Opportunity, a São Carlos, Terminal Menezes Côrtes e a própria Sergio Castro.

Vale ressaltar ainda que o 3º trimestre de 2022 foi o período com menor número de devoluções de imóveis no Rio pós-pandemia. Comparando com o 1º trimestre de 2020 – o último antes da pandemia, por exemplo, houve queda de 8,6%, valor equivalente a 1.500m². O saldo positivo de 12.000m2 foi mesmo um grande avanço.

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3 COMENTÁRIOS

  1. É mentira que o home office não deu certo. Este “jornal”, de propriedade da Sergio Castro Imóveis, teima em bater na modalidade de trabalho que já está mais que consolidada no mundo todo. Isso, é claro, pra tentar vender a ideia de que as empresas precisam novamente abarrotar caixotes de tijolo com funcionários. Não vamos voltar atrás, perdendo qualidade de vida. Chola mais.

  2. Não é o que as placas de “ALUGO/VENDO” dizem. E de dois meses para cá ou os corretores tem intensificado a caça ou houve realmente maior estímulo de mercado, pois em muitos locais com portas fechadas agora aparecem placas de “andar inteiro”, “loja grande” ou outra chamada apetitosa mas que faz quem anda por ali ter a sensação de um imenso classificado de jornal. No mundo corporativo negociações são feitas a portas fechadas. Talvez explique a piora de condições de transporte e trânsito no Centro. Existe muito espaço para melhoria neste particular, assim como na conservação já citada noutro comentário. Hoje, para ficar ruim tem que melhorar muito.

  3. Que recuperação, caras-pálidas?
    Praças continuam imundas, população de rua cada vez maior e comércio importante fechando (perdemos o Zona Sul da Candelária e as pequenas mercearias que existiam no Castelo e na Rua das Marrecas). Se querem atrair moradores assim, melhor zerar o IPTU então!

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