Um ícone histórico da cidade, o Chafariz da Glória, está prestes a passar por uma transformação significativa. Um estudo abrangente está em andamento para restaurar e revitalizar este patrimônio, reconhecendo que sua negligência ao longo dos anos é resultado da falta de conexão com a comunidade.
O projeto de restauração não apenas visa preservar a estrutura, mas também integrá-la de volta à vida da cidade. Planeja-se intervenções que privilegiem o uso de materiais sustentáveis, garantindo a conservação do chafariz enquanto permite uma melhor circulação de ar e luz nos espaços históricos.
Financiado pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a CEDAE e o Ministério Público Federal, o projeto contempla a remoção de adições recentes, como edículas, lajes e paredes, preservando elementos fundamentais da história local, como o reservatório, o aqueduto e os muros originais.
Além da restauração física, novas propostas de uso estão sendo consideradas para evitar futuras degradações. A possibilidade de incluir pequenos estabelecimentos comerciais, como cafeterias, bistrôs ou livrarias, visa não apenas atrair visitantes, mas também garantir uma ocupação constante do espaço.
Estuda-se também a concessão do espaço para iniciativas privadas, com o compromisso de manter sua preservação e oferecer atividades educativas sobre o patrimônio histórico. Todas as etapas do processo estão sendo documentadas e disponibilizadas através do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do IPHAN, garantindo transparência e acompanhamento público.
Localizado em um dos bairros mais históricos e charmosos do Rio, o Chafariz da Glória, uma construção datada de 1772, enfrenta uma triste realidade marcada pelo abandono e vandalismo. Situado no início da Rua da Glória, próximo à Rua Conde de Lages, esse monumento histórico, que já foi fonte de vida para a cidade, agora é testemunha de degradação e descaso.
Construído durante o vice-reinado do Marquês do Lavradio, o Chafariz da Glória é mais do que uma estrutura de pedra e cal. É um símbolo dos períodos históricos que o Rio de Janeiro atravessou e um testemunho do papel vital que desempenhou na vida cotidiana da cidade. Suas águas, provenientes do aqueduto da Carioca, abasteciam não apenas residências, mas também aguadeiros e embarcações. O chafariz, tombado desde 1938 pelo IPHAN.