Chefia da Polícia Civil vai ser entregue ao União Brasil

Marcus Amim, atual presidente do Detran-RJ, é ligado ao deputado Márcio Canella. Ele ainda tem menos que os 15 anos como delegado para assumir chefia da Polícia Civil

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Foto: Divulgação

Nada no Rio é tão ruim que não possa piorar. Era de se esperar que as Forças de Segurança do nosso estado não sofressem pressão política. No entanto, aqui até para nomear um porteiro de parque há pressão política. Essa classe é sedenta por cargos e mais cargos, e por fazer leis dando nomes de praças ou dias inúteis no calendário. O mais recente exemplo é que o novo secretário da Polícia Civil, que ocupa o cargo de chefe da Força, José Renato Torres, durou menos de um mês na cadeira e nem chegou a nomear todos os cargos da cúpula, a pressão dos outros era forte..

Vale ressaltar que no Rio, há quem afirme que até a delegacia sofre influência política. José Renato Torres estava afastado da vida policial havia mais de 16 anos, desde que assumiu o cargo de Chefe do Departamento de Segurança do Tribunal de Contas do Município do Rio. Nomear alguém tão afastado do dia a dia da polícia para um cargo tão importante era algo surpreendente. No entanto, o delegado tinha um currículo impressionante. Mas a nomeação foi ainda mais peculiar, pois seu nome já estava certo sem que ele tivesse recebido qualquer convite oficial, ou mesmo ter sido sondado. Curiosamente, no dia da nomeação, ele estava em Portugal, o que tornou difícil compreender a pressa na decisão.

A mesma pressa ocorre na provável nomeação de Marcus Amin, atual presidente do DETRAN-RJ, que teria ligações diretas com o deputado estadual Márcio Canella, vice-presidente do União Brasil, de acordo com a colunista Berenice Seara do jornal Extra. No entanto, surge um desafio devido à lei orgânica da Polícia Civil, que atualmente exige que o Chefe da Corporação tenha, no mínimo, 15 anos de experiência como delegado, enquanto Amin possui apenas 12 anos. Como resposta a essa situação, o governo do RJ planeja enviar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para alterar a lei orgânica. A proposta visa a mudança na exigência para 15 anos de experiência na Polícia Civil, não necessariamente como delegado.

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Nada contra Amin, que, além de ser um homão da peste, possui um impressionante currículo. Ele atuou como Delegado Titular de Repressão a Entorpecentes por quase 3 anos antes de assumir o DETRAN. Anteriormente, foi Titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos por 2 anos, e também liderou a 27ª Delegacia de Polícia em Vicente de Carvalho por 1 ano. Talvez essas credenciais sejam mais do que suficientes para liderar a sua corporação, e ele parece ser muito respeitado por sua equipe. Perfeito

O que é difícil de entender, e isso não tem relação com Marcus Amin, é a pressa em nomear Torres e agora alguém que vai contra a Lei Orgânica da Polícia Civil. Não consigo compreender por que, entre todos os delegados com mais de 15 anos de serviço, não existe ninguém com competência para liderar a corporação. Especialmente quando não há um candidato sem ligações políticas com um deputado como Canella, que traiu seu próprio padrinho político, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho. Sem o apoio do prefeito, Canella não teria conquistado nem 10% dos votos.

A cada dia que passa, percebo que o Rio pode estar caminhando para uma Intervenção Federal devido à total e completa inação do Governo do Estado do Rio. O domínio do tráfico e das milícias em grande parte do estado é intolerável, e, como mostrou o assassinato dos médicos na Barra, já chegou nas partes nobres da capital. Enquanto isso se brinca com quem será o responsável em colocar ordem na bagunça.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Quintino, eu avisei que Claudio Castro era um inábil, uma completa nulidade mental. Vocês desde o ano passado vinha elevando ele a condição de estadista, você mesmo fez vários artigos defendendo ele falando que o problema financeiro do estado estava resolvido com o dinheiro da CEDAE que foi usado parai inaugurar praças e desviar para o CEPERJ. Pode aguardar que vai piorar muito pois está vindo uma crise financeira misturada com crise na segurança pública igual nos anos de 2017-2018.

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