Esse texto não deveria mais reivindicar a punição dos mandantes do brutal assassinato de Marielle e Anderson, passados 7 anos. Mas a realidade é outra, infelizmente.
Se os executores já foram sentenciados pelo Tribunal do Juri do Rio de Janeiro a penas de 78 anos, para Ronnie Lessa, e de 59 anos para Élcio Queiroz, os acusados de serem os mandantes, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apesar de presos, seguem como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e Deputado Federal, respectivamente, com remuneração e toda a estrutura dos cargos.
O projeto que cassa o mandato de Chiquinho Brazão está pronto para ser apreciado há 171 dias! Arthur Lyra, quando era presidente da Câmara Federal, empurrou com a barriga. Hugo Motta, seu pupilo e sucessor, faz o mesmo. Que país é esse?
Nas oitivas no Conselho de Ética da Câmara, o acusado alegou que ele e o irmão são “bodes expiatórios”, mas, instado por mim a revelar quem seriam os “graúdos” que teriam encomendado a bárbara execução política, não deu qualquer pista e saiu pela tangente.
Seguiremos firmes na exigência por justiça completa e pela responsabilização integral dos mandantes deste crime político que abalou o Brasil.
Enquanto houver memória, haverá resistência!