No apagar das luzes de 2023, o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) deu um enorme presente ao ocupante anterior do cargo, Marcelo Crivella, e ordenou que sua base de sustentação na Câmara de Vereadores, que compõe uma ampla frente de centro-direita, votasse pela aprovação das contas do ex-prefeito, de olho nas eleições do ano que vem, quando será candidato à reeleição.
O problema é que as contas de Crivella são um desastre. Os vereadores votaram contra a rejeição das contas da gestão Crivella de 2019 e 2020, recomendada pelo TCM (Tribunal de Contas do Município) e pela Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal.
A lista de barbeiragens é grande. Vejam só.
A Prefeitura arrecadou R$ 1,8 bilhão a menos do que o previsto; renunciou a receitas da ordem de R$ 1,7 bilhão; arrecadou menos de 2% da dívida ativa; colocou ilegalmente R$ 827 milhões na Companhia do Porto; suspendeu o pagamento da dívida com o BNDES, causando um prejuízo de R$ 26 milhões em multa para a prefeitura; não pagou nem empenhou R$ 164 milhões em precatórios, que também não foram inscritos em restos a pagar; gastou R$ 1,8 bilhão sem o devido processo de execução orçamentária; antecipou o recebimento de royalties acima do permitido pela legislação.
Esses números são apenas a ponta do iceberg da caótica administração Crivella e foram identificados no parecer do Tribunal de Contas do Município, que aconselhou a reprovação das contas da sua gestão.
Segundo as regras da lei de Responsabilidade Fiscal, caso as contas tivessem sido rejeitadas pelos nobres edis, Crivella poderia se tornar inelegível. Apenas a aguerrida bancada do PSOL, de sete vereadores, e mais cinco outros vereadores votaram pela rejeição das contas. O placar final foi de 34 a 12, com duas abstenções.
Curioso nessa história, não custa lembrar, é que, nas eleições de 2020, Eduardo Paes fez toda a sua campanha criticando Crivella pelos problemas da cidade. Mais: como prefeito, quando questionado pelos problemas de sua administração, sempre jogou a culpa na “herança maldita” que teria herdado do antecessor.
O que fez o alcaide mudar de ideia? Apenas o espírito natalino ou o olho grande na eleição do ano que vem? Uma coisa é certa: não existe bobo nessa história. Mas quem sai perdendo, mais uma vez, é o povo carioca.
Caríssimo Chico Alencar.
Uma ponderação: existe sim um bobo nesta história…
O povo carioca!
Aqueles que votaram no prefeito atual com a intenção de menos conchavos, se arrependeram com esta aprovação de contas.
Os fins justificam os meios?
O que fez o alcaide mudar de ideia? Apenas o espírito natalino ou o olho grande na eleição do ano que vem? Uma coisa é certa: não existe bobo nessa história. Mas quem sai perdendo, mais uma vez, é o povo carioca.
A bolha desse pessoal do psol é triste. Não tá vendo o tanto de surtados pelas drogas estão a solta por aí, só esperando pra esfaquear mais um
… e o pior de tudo que quando chega na eleição assistimos a uma corrida de pangarés e somos obrigados a apostar no menos pior …
… duvida? basta lembrar o peito anterior …
Farinhas do mesmo saco . . .