No dia 01 de junho, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores realizou uma Audiência Pública, por mim presidida, para saber mais informações sobre a construção da expansão do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), em terreno de Mata Atlântica, localizado na região do Horto, no bairro do Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, que vem gerando protestos dos moradores.
Foram chamados para participar do debate o presidente do IMPA, o arquiteto do projeto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Conservação (SMAC), a GeoRio, as associações de moradores locais, engenheiros, advogados e ambientalistas. O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado estadual (PSB), Carlos Minc, que entrou com representação no Ministério Público Estadual pedindo para sustar a obra, também participou da audiência.
Um encontro rico de informações, onde foram ouvidos e debatidos todos os aspectos que envolvem uma obra de tamanha envergadura, que terá 8.762 metros quadrados de edificação.
O IMPA, como todos sabem, inclusive os moradores do Horto, é uma instituição de excelência, com amplo reconhecimento internacional. Artur Ávila, o primeiro brasileiro a ganhar a Medalha Fields, o Nobel da Matemática, é cria da casa, onde cursou mestrado e doutorado. O IMPA também é responsável pela Olimpíada de Matemática, evento que revela jovens talentos. Está instalado na região, na Estrada Dona Castorina, no alto do Horto, desde 1981.
A convivência com os moradores sempre foi harmônica até o início das obras de expansão das instalações do Instituto, iniciadas em abril de 2021. Uma obra complexa, a começar pelo local previsto para a construção, dentro de um terreno de Mata Atlântica.
Segundo o IMPA, o projeto construtivo tem pré-requisitos importantes de sustentabilidade e o compromisso de reposição da flora. Mas a derrubada das árvores vem sendo alvo de protestos e tem gerado muita insatisfação na vizinhança. Após conversa com os moradores, o IMPA admitiu reduzir o número de alojamentos previstos no projeto de 250 para 129. Além desses alojamentos, está prevista a construção de auditório, salas de aula, refeitório, laboratórios e estacionamento. A previsão é de que o acesso ao prédio original do IMPA, instalado um pouco acima dessa área, será feito por dentro da floresta, por trás das casas existentes na região. Orçada em 100 milhões de reais, a obra, que começou em abril de 2021, deve durar três anos.
Os moradores reclamam que a entrada do terreno fica em uma via estreita, na Rua Barão de Oliveira Castro, uma zona estritamente residencial composta de casas ou prédios baixos, de pouco andares, sem elevadores e que um empreendimento dessa dimensão, além de agredir o meio ambiente, traria grande impacto na vizinhança, em razão do aumento significativo no trânsito.
Outra preocupação dos moradores é com a encosta íngreme do terreno, considerado zona de alto risco geológico, conforme estudo encomendado pelo próprio IMPA, em 2018. A agressão à fauna, com o afugentamento de várias espécies de animais, também é destacada pelos moradores. Com o início das obras, são muitos os relatos de cobras invadindo residências nas redondezas.
Ao fim, ficou claro, pelas intervenções dos moradores e especialistas ouvidos, que não foram analisadas, por parte do IMPA, alternativas locacionais que não causem prejuízo à natureza e à vizinhança. Segundo Marcus Lima, ex-presidente do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), presente à audiência, o artigo 14 da lei da Mata Atlântica diz que a supressão de vegetação neste bioma só deve ser realizada na ausência de alternativa locacional.
Tampouco se sabe como e quando foram feitos os estudos de fauna e flora da área que, segundo o IMPA, existem. Seria muito importante que esses estudos se tornassem públicos, a fim de identificar se permanecem atuais – a floresta se regenera! – e para que se faça o devido acompanhamento da supressão da flora. As licenças que autorizam o início da obra também deveriam se publicizadas.
Tomando todas as precauções sanitárias cabíveis, pretendo realizar uma diligência ao local para verificar in loco como está sendo feita a obra.
Este é o meu papel como legislador desta cidade tão bem aquinhoada pela natureza, mas também bastante maltratada pela expansão desenfreada e sem planejamento da ocupação humana.
certíssimo José Pereira, falou tudo?
certíssimo José Pereira, falou tudo?
Fico indignado com a posição das pessoas que escondidas atrás da ecologia são contra essa construção. Têm alguma alternativa para expansão? Quer que o IMPA vá para onde? Para junto da favelada Maré como a Fiocruz,, ou junto à rocinha, ou o Muzema? O Rio tem centenas de milhares de árvores milhares de hectare de floresta e poucas centenas de pessoas dedicadas à matemática e à ciencia. Pessoas com talento e dispostas a enfrentar a saga de se tornar um matemático, viver da ciência, são poucas. Menos do que as sacrosantas árvores. Então? Na rocinha pode cortar árvores e o poder público não dá bola, tem medo de enfrentar, nas mais de 100 favelas vale tudo, mas para o IMPA, não se abre exceção!!. É uma covardia impedir a expansão de uma instituição séria e fundamental como o IMPA, atrapalhar a formação de cientistas por causa de umas titicas de árvores, que existem aos milhões e deixar rolar o resto nesse favelão que virou o rio de janeiro. Autoritários, fascitóides, que viram as costas para os verdadeiros desastres ambientais e humanos. Oportunistas que querem aparecer e obter simpatia dessa classe média abestalhada e se valer de uma legislação autoritária feita para ferrar com os cidadãos e baixar a cabeça aos poderosos. A mata Atlantica tem milhões de árvores, sim milhões de árvores, mas as cento e poucas que o IMPA precisa retirar, essas não- são fundamentais ao equilíbrio ecológico. Francamente!!! Vai lutar pela proibição de agrotóxicos, do agronegócio destruidor dos biomas, etc. Cresçam seus bestalhões. Chico Alencar está tendo atitudes horríveis! Lamento porque gosto dele, já votei nele, mas essa besteirada….
certíssimo José Pereira, falou tudo?
A obra do IMPA possui contrapartidas ambientais como plantio de árvores e é muito mais ecológica que as casas dessa região que no passado invadiram. Depois a instituição se muda para São Paulo e o vereador vai reclamar.
Não vejo o IMPA como um templo budista, que tenha que ficar em área tão distante da civilização, tão isolada.
Como em todas as moradias do mundo, quando um certo ambiente não atende mais às necessidades e funções, BUSCA-SE OUTRO LUGAR MAIS ADEQUADO…
A julgar pelos prédios ABANDONADOS DA UFRJ e imaginando que o tal Colégio Brasileiro de Altos Estudos, no Flamengo, é uma grande balela, bem que o IMPA poderia deixar o que resta da Mata Atlântica em paz e ir para o Flamengo, para dar melhor destino ao tal Colégio Brasileiro de Altos Estudos que, na verdade, só estuda o ócio e gasta dinheiro do contribuinte.
Se fosse tão importante a mata atlântica para esses moradores não existiria tantas comunidades nos morros da cidade, e lugares onde casas são construídas desorganizadamente sem planejamento. Agora, quando se fala em construir um órgão tão importante como o IMPA, com todos os cuidados para que não venha agredir o meio ambiente do lugar todos reclamam. Esse povo parece que não tem o que fazer, reclamam de tudo.