“Tudo que por Ti vi florescer de mim, Senhor da Vida…”. Caetano compôs seu lindo “Ofertório” inspirado em Dona Canô, sua mãe, mulher de muita fé. Ancestralidade.
Caetano é também Emanuel (que quer dizer “Deus conosco”). Jorge Mario Bergoglio tornou-se Francisco em louvor a São Francisco, o “Sol de Assis”.
Caetano é um místico que sabe que “a vida é amiga da arte/a parte que o sol me ensinou”. Francisco reza, prega e zela por Justiça e Paz. E pelo “cuidado com a Casa Comum”, o nosso planeta.
Caetano entregou ao papa Francisco uma carta em que pede por nossa gente “oprimida nas filas, vilas, favelas”.
Caetano citou na carta os nomes de dez crianças mortas a tiro esse ano. Na carta, diz que a violência no Rio de Janeiro “atingiu índices iguais aos das grandes guerras pelo mundo. A lista de meninos e meninas mortos por armas de fogo na Região Metropolitana do Rio, assombra”, afirmou.
Os pais e parentes dessas crianças até hoje não tiveram qualquer resposta das autoridades sobre as investigações. O Estado, que deveria protegê-los, não cumpre o seu dever.
Na carta, Caetano vai ao ponto: “a chamada guerra às drogas até hoje não reduziu o comércio ou o uso delas. Mas o número de jovens, em sua maioria negros, mortos a bala não para de crescer”.
Caetano e Francisco sabem que somos finitos, vocacionados para o infinito. E que, mesmo fora do círculo do Tempo, sempre “será possível reunirmo-nos, num outro nível de vínculo”.
Que encontro lindo esse, de dois humanistas avessos aos “podres poderes”! De duas pessoas que justificam a Humanidade.
E batalham “para que a família se transforme, e o pai seja pelo menos o universo, e a mãe no mínimo a Terra”.
Deus é Amor, Amor é Encontro, Encontro é Comunhão!
Deus é Carioca, Caê é medalhão e o Papa é vermelho.