Ano novo, vida nova, diz o ditado. Mas não para Santa Teresa, bairro em que moro há 25 anos. Os problemas lá continuam atazanando a vida dos moradores. Sai governo, entra governo e tudo permanece igual. É visível a situação de abandono, denunciada em matéria publicada neste “Diário do Rio” em 20 de janeiro.
Muitas reclamações e denúncias, de toda a cidade, chegam ao nosso mandato de vereador através do WhatsApp (99934-5027) e das redes digitais. As mensagens são lidas com a devida atenção e encaminhadas, por meio de ofícios, aos órgãos e Secretarias responsáveis, cobrando as devidas providências – afinal, essa é uma atribuição precípua dos vereadores. Entre os bairros, Santa Teresa tem destaque como um dos que mais encaminham demandas.
Outrora um bairro aprazível, com suas ruas bucólicas e casarões históricos, há muito que Santa Teresa sofre com a desatenção por parte do poder público. São vários os aspectos que chamam atenção.
Comecemos pela principal atração turística. Desde o fatídico acidente que marcou a sua história – que completou dez anos em agosto de 2021 – o bondinho, fundamental meio de transporte do bairro, nunca mais voltou a ser o mesmo. Depois de anos de obras que prometiam sua modernização, o que se vê hoje nas ruas é um arremedo do que já foi um dia. Com horário e trajeto limitados, seu uso não atende às necessidades de transporte dos moradores, servindo mais aos passeios turísticos.
Há anos os moradores, organizados na AMAST, associação de moradores local, lutam pela melhoria do sistema – o mais adequado às peculiaridades das ruas sinuosas e inclinadas do bairro – e esbarram na falta de interesse do governo estadual, responsável pelos bondes. A última posição pública apresentada pela Central, empresa responsável pela gestão do serviço, aponta para a privatização, com intenções eminentemente turísticas para os trajetos, solução que só agravaria as dificuldades hoje enfrentadas pelos moradores.
Os microônibus, que deveriam suprir a falta dos bondes enquanto o sistema de transporte sobre trilhos estava em obras, mas que ainda hoje circulam, são precários, com horários irregulares e limitados. A linha 014, por exemplo, tem realizado pouquíssimas viagens diárias, deixando os moradores do Largo das Neves sem opção de transporte coletivo. A justificativa das empresas é a baixa demanda gerada pela pandemia. Esse argumento, no entanto, com a retomada das atividades presenciais, já não se justifica. O pior é que a Secretaria municipal de Transportes não consegue apresentar solução para o problema.
Outro tema recorrente no rol de reclamações é a manutenção das calçadas e das ruas. Muitas das ruas de Santa Teresa, talvez a maioria, são de paralelepípedos. A especificidade desse tipo de calçamento propicia o surgimento frequente de buracos nas vias do bairro. A responsabilidade pela fiscalização e manutenção das calçadas e ruas é da Secretaria municipal de Conservação.
A Secretaria atende a boa parte da demanda, mas a baixa qualidade do serviço executado faz com que o problema retorne logo em seguida, mantendo o transtorno e o risco de acidentes aos motoristas que transitam pelo local.
Já as calçadas precisariam de um trabalho mais efetivo de vistoria que responsabilizasse os proprietários dos imóveis pela manutenção e, em caso de omissão destes, tivesse meios legais disponíveis para garantir a realização do serviço.
As praças de Santa Teresa também carecem de manutenção. Cito como exemplo a que fica contígua ao Largo do Curvelo, que se encontra com a mureta das escadas danificadas e com os brinquedos quebrados. Acionada por nós, a Comlurb, responsável por esses serviços, não tomou nenhuma providência.
Outra demanda que recebemos, e é muito comum no bairro, diz respeito aos carros abandonados, que acabam virando depósito de lixo. As denúncias que encaminhamos foram atendidas pela Secretaria municipal de Ordem Pública, responsável pelo reboque legal desses automóveis.
A grande quantidade de demandas recebidas por nosso mandato demonstra que a população do bairro está atenta aos problemas, e que busca auxílio para solucioná-los, na medida em que o atendimento através da Central 1746, canal oficial de atendimento aos cariocas, não tem se mostrado eficiente.
Essa parceria entre Legislativo e Executivo seria muito mais proveitosa se os órgãos e Secretarias municipais aproveitassem a contribuição fiscalizatória voluntária dos moradores e apresentassem retorno mais eficiente para as demandas encaminhadas. A cidadania agradeceria e a democracia sairia fortalecida.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.
No dia que Chico Alencar pisar em Ricardo de Albuquerque, Costa Barros ele infarta… Se ele se escandaliza com Santa Teresa… É tão embusteiro que não deve nem saber onde fica. Sabe de ouvir falar pelo google maps. Provavelmente toma banho com álcool quando encosta em pobre, porque nunca vai onde realmente o povão necessita. Eleitorado do PSOL está no leblon, em laranjeiras…
O tal professor comunista, este sujeito que escreveu a matéria, só dá as caras na época de Eleições: hipócrita!.
Este sujeito nunca fez NADA pelo Rio de Janeiro!.
Mania em falar de fortalecer democracia Argghh.
A bandidagem q anda solta e impune no bairro e em decorrencia impede qualquer progresso ele não fala.
Como é? Sai governo, entra governo…
Mas esse parlamentar sempre esteve em governo, como deputado, vereador.
Santa Teresa usada o tempo todo por associações ligadas a políticos.
Nada acontece.