O município do Rio de Janeiro está em situação de baixo risco para a infestação do mosquito transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya. É o que aponta o último relatório do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) após uma minuciosa inspeção em mais de 100 mil imóveis. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) identificou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,66% no município carioca, o que coloca a cidade na categoria “satisfatória” por ser inferior a 1%.
O LIRAa se estende a todos os municípios do país e tem como objetivo identificar locais propícios à proliferação do aedes aegypti, incluindo a coleta de larvas e a análise de amostras do vetor em laboratório. Essa iniciativa desempenha um papel crucial no mapeamento das áreas da cidade onde o mosquito está presente, fornecendo informações vitais para a definição de estratégias de combate às arboviroses.
Em meio ao LIRAa, o município é dividido em grupos de 8,2 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Em cada um desses grupos, 20% dos imóveis são inspecionados por agentes de vigilância ambiental, que buscam possíveis focos de larvas do mosquito e identificam os tipos de depósitos mais comuns em cada região.
“Esta edição do LIRAa é considerada a mais importante do ano em razão da proximidade com o verão. O fato de a cidade ter obtido classificação ‘satisfatória’ é uma boa notícia, tendo em vista o aumento no número de casos registrados este ano, mas não podemos esquecer que ainda há regiões nas faixas de alerta e risco.” enfatiza o Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Para a edição, foram inspecionados um total de 103.146 imóveis distribuídos em 250 grupos por todo o município. Do total, 190 grupos alcançaram a classificação “satisfatória” no IIP, enquanto 57 ficaram na faixa de “alerta”, apresentando um IIP entre 1% e 3,9%, e apenas três grupos foram classificados em situação de “risco”, com um IIP superior a 3,9%. E as áreas de maior risco estão localizadas nos bairros de Santa Cruz, na Zona Oeste, e Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, que receberão reforço nas ações da SMS-Rio para o controle do vetor.
O LIRAa também destacou que os criadouros do mosquito são encontrados principalmente em residências e propriedades particulares. Na análise mais recente, cerca de 34% dos focos foram detectados em depósitos móveis, como vasos e frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros e objetos religiosos. E além disso, recipientes como tonéis, barris, tinas, filtros e cisternas representaram 19% dos focos encontrados.
A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesse tipo de recipiente é realizar limpeza semanal, esfregando as paredes do recipiente com bucha ou esponja pelo menos uma vez por semana.