Cidade do Rio registrou quase 80 casos de leishmaniose visceral em cães até maio

A Leishmaniose Visceral é transmitida pela picada de um inseto conhecido por mosquito palha e que pode atingir pessoas e animais, principalmente os cães. Entretanto, não há transmissão direta entre pessoas e cães

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Foto de Bruno Cervera/Pexels

A cidade do Rio de Janerio já registrou 78 casos de Leishmaniose Visceral em animais até maio deste ano, com a maioria dos registros na Zona Norte da cidade. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23/06), em audiência pública realizada na Câmara Municipal do Rio pela Comissão Especial de saúde animal, reunindo parlamentares, representantes do poder público, especialistas, protetores e tutores. Na ocasião, os participantes destacaram a importância da prevenção, do diagnóstico correto e do monitoramento desta zoonose que também pode ser transmitida para humanos por meio da picada de um mosquito. A doença, que atinge principalmente cães, pode ser transmitida aos humanos

Presidente do colegiado, o vereador Dr. Marcos Paulo (PSOL) ressaltou que a zoonose ainda é desconhecida por grande parte da população e que o tratamento de animais com a doença é custoso. Ele ainda disse que é urgente pensar em soluções porque a eutanásia não é a melhor alternativa e acrescentou que vai criar uma cartilha sobre a doença com o auxílio de veterinários.

A presidente do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-RIO), Aline Borges, trouxe um panorama atual da leishmaniose visceral no município e disse que foram feitos mais mil testes em animais somente em 2023. “Aqui no município do Rio, até maio deste ano, nós detectamos 78 animais positivos e eles são oriundos da AP 3, principalmente Cachambi, Cascadura, Méier, Piedade, Quintino, Encantado, são os bairros com maior número de casos”, informou. 

A Leishmaniose Visceral é uma doença causada pelo protozoário Leishmania chagasi, que é transmitido por meio da picada de um inseto chamado flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis), popularmente conhecido por mosquito palha e que pode atingir pessoas e animais, principalmente os cães. O mosquito palha se contamina picando um cão infectado e posteriormente uma pessoa. Não há transmissão direta entre pessoas e cães.

Representando o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RJ), o médico-veterinário Julio Israel Fernandes falou que o diagnóstico da doença é complexo porque de 50% a 60% dos animais doentes são assintomáticos. Além disso, é necessário fazer mais um teste para confirmar a zoonose.

Muitos animais são sacrificados quando diagnosticados com a doença. Ela não tem cura, mas existe tratamento. Entretanto, a medicação tem um alto custo e muitos tutores não têm como arcar com os gastos. 

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Cidade do Rio registrou quase 80 casos de leishmaniose visceral em cães até maio

1 COMENTÁRIO

  1. o brasil deve deixar o sentimentalismo de lado e sacrificar pets abandonados nas ruas. o viralata caramelo é muito lindinho mas é uma ameaça à saúde pública. aí está o exemplo.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui