Cláudio Castro propõe revisão no pacto federativo sobre royalties do petróleo

No Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, Cláudio Castro defendeu que o Rio de Janeiro receba maior parcela dos royalties do petróleo para investir em infraestrutura e desenvolvimento local.

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Durante a abertura do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia Oil & Gas 2025, realizado nesta quarta-feira (9) na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o governador Cláudio Castro defendeu a rediscussão do pacto federativo quanto à distribuição dos royalties do petróleo. Para ele, os recursos atualmente destinados à União deveriam ser revertidos em obras de infraestrutura no próprio Estado do Rio de Janeiro, contribuindo diretamente para a população e o setor produtivo local.

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“Precisamos aproveitar um evento com a presença de líderes para debater acerca do pacto federativo. O Rio é um estado com uma dívida de mais de R$ 175 bilhões, ainda que a União arrecade R$ 460 bilhões por ano, no meu território. Uma indústria como essa não pode ser enxergada apenas como uma perspectiva de dividendos e resultado primário da União, sendo que é um setor que pode trazer muita justiça social e atividade econômica”, destacou Castro.

O governador também afirmou que o estado, embora seja responsável por 90% da produção de petróleo e 76% da produção de gás natural no Brasil, ainda enfrenta limitações para executar projetos de infraestrutura. “É muito difícil discutir sobre liderança no setor de óleo e gás e não falar sobre o nosso estado. Os números mostram que o Rio de Janeiro é, sim, a capital energética do Brasil, é o local mais importante desse setor”, afirmou.

Dados da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz-RJ) mostram que, em 2024, a extração de petróleo e gás respondeu por mais de 90% das exportações fluminenses, movimentando cerca de R$ 41,72 bilhões.

O secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Cássio Coelho, também participou do evento e destacou os avanços em políticas voltadas para a transição energética. “O governador Cláudio Castro teve uma visão muito estratégica para tratar do tema, criando políticas públicas que impulsionem o setor. Temos investido na transição energética, fortalecendo também a geração de energia limpa. Queremos transformar o Estado do Rio em um hub nacional de transição energética e descarbonização”, afirmou.

Já o presidente da FGV, professor Carlos Ivan Leal, ressaltou a relevância da indústria de óleo e gás para o desenvolvimento social e econômico: “Enquanto a humanidade existir, precisaremos de energia. Sediar um evento como esse evidencia o cumprimento da nossa missão. A indústria de óleo e gás é importante não apenas para o desenvolvimento do nosso estado e país, mas também para a manutenção de tudo que já construímos até agora”.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Bilhões dos royalties e bilhões da CEDAE desaparecem no governo do PL.

    Agora, além do calote da dívida que ele alimentou, aí da pede mais?

    Gastador e desviador?

    Mais um governador do Rio prestes a ser preso.

  2. Está muito certo o governador Castro!

    Na Espanha, os bascos reclamam de que apenas 25% arrecadado pelo governo central do país são destinados pelo poder do governo central do país às suas regiões. E isso é um dos motivos que reivindicam a separação da região Basca do resto da Espanha…

    No RJ, temos inclusive matéria aqui do Diário do Rio de estudo divulgado, salvo engano, pelo sindicato auditores fiscais tributários, que apenas 12% do arrecadado pela União retorna ao RJ…

    Fosse uma população séria, o fluminense já teria dado grito da independência…

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