Colégio Franco-Brasileiro adota ‘neutralização de gênero’ em vocabulário: ‘querides alunes’

Instituição de ensino divulgou circular aos pais dos alunos nesta terça-feira (10/11)

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Colégio Liceu Franco Brasileiro, em Laranjeiras (Foto: Reprodução Internet)

O Colégio Liceu Franco-Brasileiro, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, emitiu um comunicado aos pais dos alunos nesta terça-feira (10/11) onde decidiu permitir a docentes e a estudantes que manifestem livremente sua identidade de gênero. A informação foi publicada pelo jornalista Ancelmo Gois nesta quarta-feira (11/11).

A circular divulgada pela escola fala do “compromisso com a promoção do respeito à diversidade e da valorização das diferenças no ambiente escolar

Ainda de acordo com a instituição de ensino, eles acabam de adotar o que chamaram de “suporte institucional à adoção de estratégias gramaticais de neutralização de gênero em nossos espaços formais e informais de aprendizagem“.

A ideia é a neutralização de gênero gramatical adotando um conjunto de operações linguísticas voltadas tanto ao enfrentamento do machismo e do sexismo no “discurso quanto à inclusão de pessoas não identificadas com o sistema binário de gênero“.

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O Franco-Brasileiro decidiu, inclusive, substituir a expressão “queridos alunos” por querides alunes”. A ideia é incluir múltiplas identidades. O Comitê da Diversidade e da Inclusão do colégio fará palestras sobre a questão.

Veja o documento na íntegra.

documento Colégio Franco-Brasileiro adota 'neutralização de gênero' em vocabulário: 'querides alunes'

Caso de Racismo no colégio

Em maio deste ano, o Franco-Brasileiro se viu envolvido em uma polêmica por conta do caso de uma aluna que foi alvo de racismo por estudantes da instituição.

Na época, mensagens como “Dou dois índios por um africano”, “quanto mais preto, mais preju“, e “fede a chorume” circularam em grupos de alunos no WhatsApp.

Três alunos foram indiciados pelos crimes de racismo e injúria racial.  

O Colégio Liceu Franco-Brasileiro é administrado pelo ex-secretário de Transportes do RJ e ex-deputado federal, Julio Lopes (PP).

Ele foi indicado para a pasta, em 2007, depois de não se eleger para o Parlamento. A indicação partiu de Francisco Dornelles (PP), presidente de seu partido e que, na ocasião, era senador.

O colégio, por meio de uma nota oficicial, se posicionou para a imprensa:

O Liceu Franco-Brasileiro, que esta semana completa 105 anos, é uma instituição de ensino comprometida com a qualidade da educação e o respeito à diversidade e à inclusão.

Em comunicado recente, o colégio afirmou o respeito à autonomia de professores e alunos no uso da neutralização de gênero gramatical na escola. Em nenhum momento, informou que passaria a adotar essa prática em avaliações e em sua comunicação oficial.

O Liceu Franco-Brasileiro, portanto, reafirma que continuará a seguir o padrão da norma culta do português, como tem feito desde sua fundação. Como demonstração disso, comunicados e avaliações desta semana usaram os termos “alunos” e “alunas”.

Espaço de formação e de múltiplos diálogos, o colégio adota a discussão sobre questões expostas pela sociedade, que não podem ficar só extramuros.

Assim, por meio do seu Comitê da Diversidade e da Inclusão, o Franco-Brasileiro vai promover encontros com a comunidade escolar para debater e aprofundar a reflexão sobre o tema.  

Esclarecemos ainda que o ex-deputado federal Julio Lopes é acionista do Colégio Liceu Franco-Brasileiro, mas não participa da administração ou da parte pedagógica da instituição.

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41 COMENTÁRIOS

  1. Não podemos discriminar e tão pouco disseminar o ódio, mas não podemos aceitar a destruição de nossos valores morais. Pais tirem seus filhos festa escola, quem educa é a família não os professores.

  2. Simplesmente um absurdo. Não há mais limites. Sou a favor da equidade de gênero e não igualdade. Tão deturpando as coisas demais. Isso terá consequências para todos.

  3. Ainda bem que não matricule minha filha lá…ia ter que mudar de escola.
    Regra e teoria idiota.
    Ninguém e a favor do preconceito, mas assassinar o português para agradar meia dúzia de gente que não tem o que fazer não dá….

  4. Vai ser muito útil pros alunos chamarem os outros alunos negros de “macaques”.
    Quando uma aluna sofreu racismo esses FDP nem se moveram.
    Laranjeiras terra da hipocrisia…

  5. Um absurdo uma escola tomar uma decisão dessas comprometendo a educação como um todo e o futuro dos alunos. O governo que tome as providências cabíveis

  6. não vi UMA palavra de apoio a essa INSANIDADE. Se tem mesmo cento e tantos anos de existencia… Acabaram de atirar tudo na LATE de LIXE. Mas se mudarem o nome dessa escola de comédia para FRANQUE-BRASILEIRE eu mudo de opinião e passo a apoiar a MEDIDE.

  7. Vergonha de no passado ter tido uma filha matriculada nesta instituição. Infelizmente não há como remover isto do histórico dela, nem de reaver as salgadas mensalidades que paguei e, que os pais que agora pagam o fazem para que os filhos desaprendam.

  8. Será que eles já mudaram o nome do colégio para “FRANQUE BRASILEIRE”? Ou pelo fato de ser o nome da instituição foge dessa regra idiota? Ou eles tem vergonha de fazer uma idiotice dessas?

  9. Ridículo, idiota e ignorante.
    Isto não é gramática, mas proselitismo de quem nega a história humana, para subvertê-la à sua conveniência.
    Se quiserem o caos, contentem-se com suas cabeças alucinadas, e não atordoando alunos inocentes.
    Isto deveria ser considerado crime de subversão social.
    São todes carentes e recalcades…

  10. Concordo com a neutralização de gênero, mas acredito que inventar palavras não é necessário. Substituir “queridos alunos” e/ou “queridas alunas” por ESTUDANTE já é o suficiente e não distingue gênero.

  11. Absurdo que aspectos ideológicos minoritários invadam todos os setores da sociedade e na educação esse erro é irreparável, vivemos num país onde a educação é lastimável e vemos esse movimento progressista querendo acabar de vez com nossa cultura.
    Somente a valorização da individualidade pode mudar o mundo para melhor, não adianta impor uma visão de coletiva de comportamento! Isso sim é exclusão!!!

  12. Eu não coloco meus filhos em uma instituição que usa a falta de educação moral de 3 individuos para sacrificar os demais, como pretexto pra implantar uma baboseira ideológica dessas. O que tem que fazer é punir com rigor os preconceituosos e fazer campanhas morais no recinto. Responsabilizar as familias pela educação moral de seus filhos. Quem dá educação moral é a família… As instituiçoes reforçam.

  13. Concordo com a neutralização, pois valorizar a diversidade é algo fundamental numa sociedade democrática.
    Ora, a língua portuguesa não é estática, está sempre em transformação. Incorpora palavras de origem estrangeira, como batom, do francês bâton; leiaute, do inglês layout; espaguete, do italiano spaghetti. E por aí vai.
    Sem contar o regionalismo (palavra específica de determinada região; ex.: uai, oxente, tchê), a aglutinação (aguardente = água + ardente; pernalta = perna + alta) e outros tantos fenômenos da nossa língua.
    No caso da neutralização de gênero, temos um propósito essencial e urgente em tempos de intolerância: a inclusão das múltiplas identidades. Então, que seja bem-vinde a atitude de respeitar as diferenças.

    • Putz cara, você perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, ninguém quer o idioma do Mussum por aqui, para isso é ridículo…Se a intenção for nos ridicularizar mundo a fora, estão conseguindo….

    • Não viaja.
      Se já existe neutralização nas palavras existentes não tem necessidade de inventar moda.

      TODOS = todas e todos
      Alunos = alunas e alunos
      queridos = queridos e queridas

      Não precisa criar conversinha pra lacrar. Ainda mais um colégio. Espero que sejam barrados! Inúteis

  14. Absurdo um colégio ensinar errado. Absurdo querer promover um mundo mais humanos mexendo na Língua Portuguesa. Seria melhor que caprichassem para fazer melhor aquilo para o qual são regiamente pagos pelos pais dos alunos, que é ensinar, promover o desenvolvimento intelectual, emocional e social dos futuros cidadãos. Eles têm que aprender que não é uma desinência de gênero que promove o respeito entre os sexos. Palhaçada.

  15. Ridículo, tanto sob a ótica pedagógica como sob a ótica linguística. Esses professores desse colégio (ou seus diretores) não sabem que o vocábulo latino DIES, ei, de 5ª declinação é feminino.
    Se tivesse um parente matriculado nesse colégio, influenciá-lo-ia a se retirar urgentemente…
    Uma vergonha para a pedagogia essa atitude. A História apontará esse absurdo, crime de lesa-cultura linguística, e mostrará o envolvimento desse colégio com as mais insanas ideologias de uma nova ordem mundial, praticada por esquerdopatas irresponsáveis e incompetentes.

  16. AGORA, AO INVÉS DE ENSINAR RESPEITO, VÃO ENSINAR MENTIRAS E REGRAS DA NOVA ORDEM MUNDIAL, OU SEJA, IDEOLOGIA DE GÊNERO. ISSO SÓ CONTRIBUI PARA ESTIMULAR RELACIONAMENTOS HOMO-AFETIVOS ATRAVÉS DA MANIPULAÇÃO MENTAL. A HOMOSSEXUALIDADE EXISTE DESDE O TEMPO DAS CAVERNAS MAS ORIUNDA DA NATUREZA MAS IMPOSIÇÃO DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO” ATRAVÉS DA FARMACEUTICA, FITO-HORMONIOS E MANIPULAÇÃO MENTAL É “CONTROLE DA NATALIDADE”, “CONTROLE POPULACIONAL”, SERÁ QUE NINGUEM ESTÁ VENDO ISSO????? E AQUI QUEM FALA É ALGUÉM QUE RESPEITA OPÇÕES DAS PESSOAS MAS NÃO VENHAM ENSINAR “PÓS-VERDADE”, “NOVO NORMAL”. KKKK

  17. Fantástico! Creio ser uma forma de chamar a atenção para a discussão de gênero e relações raciais nas escolas e consequentemente na sociedade. Não cabe mais a violência por conta de comportamentos privados e cor de pele. Abre uma discussão que deve ser permanente. Infelizmente, há uma influência de grupos preconceituosos entre os cristãos que impedem que esses grupos sociais sejam respeitados e impedem que estas discussões se amplie mais no meio escolar principalmente.

    • Repensem….não é dessa forma que se combate o racismo……desconstruindo a identidade de seus alunos.
      Desrespeito à própria língua……aos pais….as crianças…..
      Vcs vão perder mto.
      Demitam esse boçal que inventou……essa PEIDAGOGIA.

  18. Que coisa ridícula. De fato existe um dualismo cada vez mais severo no Brasil, existe uma elite do Leblon, do Morumbi das férias na Disney e dos intercâmbios em Londres que vive no Brasil uma realidade muito próxima a de um país de primeiro mundo, apenas são confrontados com a miséria de sua nação quando abordados por um negro famélico que esmola nos semáforos que suas SUV’s importadas param. Não seria estranho constatar que um colégio de elite queira ser a vanguarda na empreitada de descaracterização do idioma nacional, efetuando um verdadeiro estupro da língua portuguesa porque o gênero da palavra não se dá pelo último artigo e sim pelo artigo que a precede, então “querides alunes” é inócuo se eu falar “os querides alunes” será masculina ou “as querides alunes” será feminino. Se eu fosse pai de um aluno matriculado nessa escola teria sérias preocupações com a qualidade do ensino.
    Ao invés de o colégio Franco Brasileiro estar preocupado em criar uma elite intelectual nacional comprometida de alguma forma, depois de suas graduações no exterior, em criar um Brasil menos desigual do ponto de vista econômico e social, estão comprometidos a criar militantes ideológicos cada vez mais desconectados com a realidade nacional e preocupados com questões que seriam plausíveis se o Brasil fosse um país de primeiro mundo em que não se houvesse mais nada com o que se preocupar.
    De certa forma dá pra entender sim a posição do colégio, a posição social de seus discentes está garantida, eles não tem com o que se preocupar e por isso podem se dedicar a essas diatribes irrelevantes, não quero bancar o marxista mas a burguesia cada vez mais dá provas de que é uma classe social a ser eliminada no Brasil.

  19. Deixo como opinião que o que falta realmente é uma boa educação familiar… Uma mudança de cultura. Penso que uma simples mudança de “palavras” não muda a mentalidade das pessoas. Ajuda sim para atrair a atenção para o caso, gerar uma dicussão mas o principal deve ser a educação familiar como sendo a base de um futuro melhor. Biológicamente somos duais, macho e fêmea. Mas mentalmente e psicológicamente podemos ser o que quisermos. Mas para isso, considero, 80% mais confiável criarmos uma base educacional na “família” de onde tiramos nosso “modus operandi” no mundo. “Educai as crianças e não será preciso punir os homens” (Pitágoras, 500 a.C.)

  20. A meu ver, isso gera uma certa desproporcionalidade em relação ao que é hoje praticado nas escolas. Não sou fechado à ideia, mas penso que tais questões precisam se revestir de certa oficialidade, entendimentos com as famílias os alunos, apoio de instituições estatais e virar Lei. Penso que quando se tenta avançar desproporcionalmente, abre-se brechas para um retrocesso devido à reação despertada em grupos conservadores contrários. Vide resultado das eleições de 2018. Todas as mudanças requerem tempo para se consolidar.

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