O decreto da Prefeitura do Rio de Janeiro que proíbe o uso de celulares por alunos no ambiente escolar começa a ser seguido por escolas particulares da cidade. Durante a reunião do seu Conselho Pedagógico, em dezembro dano passado, o Colégio São Vicente de Paulo, localizado no Cosme Velho, decidiu adotar a mesma medida a partir de 2024.
A iniciativa do tradicional colégio da Zona Sul, fundado em 1959, foi baseada no relatório de monitoramento global da educação de 2023, da UNESCO, o qual verificou que o uso de telefones celulares no ambiente escolar compromete a curiosidade, o bem-estar e a estabilidade emocional dos alunos, gerando casos de ansiedade e diagnósticos de depressão.
“A maioria das questões de descumprimento das normas disciplinares institucionais nas salas de aula, pelos estudantes, advém do uso indevido de aparelhos celulares, smartwatches e tablets. A partir de agora, caberá ao próprio estudante depositar o aparelho celular e demais dispositivos eletrônicos em espaço específico, estabelecido pela escola, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração. Eles serão retirados após as atividades ou entre os turnos”, esclareceu o coordenador acadêmico do São Vicente, André Chaves, acrescentando que a medida foi bem-aceita por pais e professores: “Os familiares reagiram muito bem. Tivemos inúmeras mensagens, parabenizando o colégio. A aprovação dos docentes também foi praticamente integral”, disse o coordenador, que reforçou a necessidade do apoio da comunidade educativa à ação, para que os alunos aprendam a conviver e construir relações.
Prefeitura do Rio amplia decreto nas escolas públicas municipais
Desde 2023, o uso de celulares está proibido na rede municipal de ensino. O novo decreto da Prefeitura apenas ampliou a proibição para o uso dos aparelhos no recreio e nos intervalos das aulas.