Coletivo Mulheres da Parada, de São Gonçalo, fortalece a comunidade do bairro de Sacramento com distribuição de alimento

Além disso, o grupo ajuda com oferta de cursos e plantações de hortas e agroflorestas

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Foto: WILTON JUNIOR / ESTADAO

O coletivo Mulheres da Parada aposta no bem-estar da comunidade da Parada de São Jorge, sub-bairro de Sacramento, bairro de São Gonçalo, região do Grande Rio. Entre as ações do grupo, estão distribuição de alimentos, incentivo ao empreendedorismo, cuidado com o meio ambiente, promoção de cursos profissionalizantes e plantações de hortas comunitárias e domésticas.

Criado no início da pandemia, em março de 2020, o coletivo começou suas atividades quando Letícia da Hora, esposa do ator Leandro Firmino – o lendário Zé Pequeno do filme “Cidade de Deus” –, resolveu arregaçar as mangas para ajudar as famílias que já estavam com dificuldades para se alimentarem. A maioria era encabeçada por mulheres que ficaram desempregadas por causa da Covid-19, uma vez que grande parte delas eram de diaristas.

Letícia reuniu familiares e amigas – entre elas Danyela Eusebio que hoje coordena a ONG, enquanto Letícia é a diretora geral da organização – para arrecadar cestas básicas e cloro e distribuí-los para quem precisasse. Assim surgiu o coletivo que logo conseguiu se inscrever e ser selecionado para receber R$ 2.500 do edital Fundo Baobá. Graças a esses recursos, a ONG Mulheres da Parada pôde oferecer para a comunidade kits de higiene contra a Covid-19, que continha produtos como álcool em gel e máscaras.

Em maio de 2020, o grupo inovou e criou o Mercadinho Solidário, onde era – e ainda é – possível pegar gratuitamente alimentos. Voltado para famílias cuja renda não passava de meio salário mínimo por integrante, o mercadinho funciona na base da confiança. Não é preciso comprovar renda, mas solicita-se a apresentação da carteira de trabalho.

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O mercadinho fica na sede da ONG, uma casa alugada para melhor atender os beneficiários. Foram as próprias amigas que limparam e arrumaram a garagem que funcionava como depósito, transformando numa central de distribuição de alimentos e produtos de higiene. Agora há também livros disponíveis para quem quiser pegar.

Atualmente, 150 famílias são beneficiadas no Mercadinho Solidário. Existem regras para levar os alimentos para casa. “Atendemos pessoas de diversas comunidades, embora a maioria seja da Parada São Jorge. É preciso fazer o cadastro, são obrigatórios o uso de máscara e a limpeza das mãos com álcool gel. Até temos máscaras doadas também caso alguém chegue sem”, explica Letícia, a idealizadora do projeto que já distribuiu 50 toneladas de alimentos em 2.400 atendimentos.

Em pouco tempo, firmaram uma rede de solidariedade, mas logo perceberam que havia outras demandas, como a necessidade de as mulheres da comunidade aprenderem novas profissões que as possibilitassem ganhar o próprio sustento. Fizeram uma pesquisa e descobriram que as áreas de maior interesse eram beleza, gastronomia e moda. Surgiu então o projeto Donas da Parada com a promoção de cursos e oficinas para formação de manicures, confeiteiras e costureiras. Houve também workshops de empreendedorismo para auxiliá-las a abrirem seus próprios negócios. Até aulas de alfabetização foram dadas para uma jovem de 24 anos e uma adolescente de 13 anos! Com frequência, são promovidas também rodas de conversa sobre os mais diversos assuntos, de saúde mental a violência doméstica.

O mais recente projeto é o Donas da Agro, cuja proposta é plantar agrofloresta e hortas em São Gonçalo. Até o momento, são 1.500 m² de agrofloresta em espaço urbano, impactando 35 famílias, com plantações comunitárias e também domésticas nas casas onde havia espaço para o plantio.

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