Com dívidas em atraso, Memorial do Holocausto pode fechar as portas em novembro; funcionários estão sob risco de demissão

Fontes do DIÁRIO DO RIO revelaram que o memorial está enfrentando sérias dificuldades financeiras, incluindo atrasos nos repasses para terceirizados e contas de luz não pagas

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Foto: Reprodução

Inaugurado em janeiro de 2023, o Memorial do Holocausto, localizado no alto do Morro do Pasmado, em Botafogo, pode encerrar suas atividades ainda este mês devido a uma série de problemas financeiros e de manutenção. Com o objetivo de promover uma reflexão sobre direitos humanos, democracia e diversidade, o espaço agora se vê ameaçado pela falta de verbas, que comprometem seu funcionamento e ações educativas.

Fontes ligadas ao DIÁRIO DO RIO afirmaram que o memorial enfrenta dificuldades sérias, como contas de luz atrasadas e a ausência de ar-condicionado durante mais de dois meses, mesmo com as altas temperaturas do Rio. Além disso, os terceirizados responsáveis pela segurança não estariam recebendo salários desde agosto, colocando em risco a integridade do espaço e de seus frequentadores. Atualmente, a área interna do Memorial conta com cerca de 1.600 metros quadrados, com exposições permanentes e espaço para atividades culturais.

A situação é crítica: todos os funcionários foram colocados em regime de aviso prévio desde esta última sexta-feira (01/10), e estão sob iminente risco de demissão. A gestão do espaço, que opera por meio de uma parceria entre o Instituto Odeon e a Associação Cultural Memorial do Holocausto do Rio de Janeiro, é responsável pela recente decisão de encerrar as atividades do memorial, que será justificada publicamente como uma “grande obra estrutural de manutenção”, mas que na realidade reflete a falta de recursos financeiros.

A administração do memorial já havia atraído um bom número de visitantes, com uma programação diversificada que incluía clubes de leitura, sessões de cinema, visitas de grupos escolares e seminários. A localização privilegiada, que oferece vista para o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara, contribuiu para que o espaço se tornasse um ponto turístico relevante no Rio.

A construção do Memorial do Holocausto no Rio foi idealizada há mais de 30 anos, tendo sido concretizada apenas recentemente após um longo processo. A obra começou a ser erguida em 2019, com apoio da prefeitura, patrocínios de empresas privadas e parceria com o Consulado da Alemanha.

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