Com hotéis cada vez mais cheios, busca por apartamentos por temporada cresce no Rio

O fenômeno cresceu com o advento do aplicativo AirBnb, mas é preciso ao turista estar atento para golpes e fraudes

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Levantamento revela tendência de desaquecimento do mercado imobiliário do Rio / Foto: Agência Brasil

Certamente, o Rio de Janeiro é um dos destinos mais procurados por turistas no Brasil, quiçá em todo o mundo. Com diversas belezas naturais, incluindo as exuberantes praias e pontos famosíssimos como Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Jardim Botânico e Maracanã, a Cidade Maravilhosa recebe anualmente uma quantidade enorme de visitantes.

Uma das maneiras mais tradicionais e antigas de se hospedar em um determinado local são os hotéis, sejam luxuosos ou mais modestos. Acontece que, de um tempo para cá, tal prática se expandido para a locação de apartamentos por temporada, que pode ser de um simples fim de semana a três meses, o que foi grandemente impulsionado pela popularização da plataforma ”AirBnb”.

Com os hotéis cada vez mais cheios e com vagas escassas, a saída para muitas famílias que querem visitar o Rio são os imóveis de cunho residencial disponibilizados por seus proprietários aos turistas mediante pagamento de diárias de hospedagem.

De acordo com Laudimiro Cavalcanti, corretor de imóveis e ex-diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ), essa prática vai se tornando cada vez mais comum pelo fato de, em um apartamento, dependendo do tamanho, ser possível abrigar uma família inteira, em vez de quartos separados em um hotel.

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Paralelamente, ele destaca que, assim como durante o período de festas de fim de ano, o Carnaval, que em 2023 acontece novamente em seu formato tradicional, com blocos de rua liberados para desfilar, tende a ser sucesso também na cidade.

”Com os hotéis já praticamente lotados para o Carnaval, os apartamentos por temporada são a alternativa mais viável, inclusive sendo mais econômicos. Uma família consegue gastar cerca de 50% a menos eu um único imóvel do que reservando alguns quartos de hotel”, explica.

Vale ressaltar que, em relação a preços, há diferenças devido aos bairros. Na Zona Sul, por exemplo, um quarto e sala em Copacabana sai entre R$ 350 e R$ 500, enquanto que em Ipanema e no Leblon a variação é de R$ 440 a R$ 610. Já no Centro, Lapa e Glória, o mesmo tipo de imóvel é encontrado de R$ 330 a R$ 510.

Um apartamento de dois quartos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, por sua vez, fica entre R$ 550 e R$ 950. Voltando à Zona Sul, na Lagoa, um imóvel similar varia de R$ 550 a R$ 710.

Funcionária pública aposentada, Eunice, moradora da Vila da Penha, adquiriu recentemente um conjugado em Copacabana e mescla o aluguel a turistas com uso pessoal.

”Tive uma oportunidade e investi na compra de um imóvel para temporada. O resultado tem sido positivo. Estou conseguindo equilibrar minhas contas, além da realização pessoal com este investimento, utilizando-o também para lazer com a família e amigos”, diz ela.

Alerta contra possíveis golpes

Chefe de fiscalização do Creci-RJ, Marcus Limão alerta para a prática de golpes em relação à locação de apartamentos por temporada.

”O número de pessoas que caem em golpes na locação de imóveis, principalmente por temporada, aumentou bastante nos últimos anos. Ofertas atrativas, com preços muito abaixo do mercado e condições extremamente facilitadas, é sempre necessário desconfiar”, ressalta.

Ainda segundo Marcus, os golpistas, muitas das vezes, pegam anúncios na internet e os reformulam de maneira falsa, visando chamar a atenção dos interessados. Ele destaca cinco pontos importantes ao se alugar um imóvel:

  • Suspeitar de valores muito abaixo do mercado;
  • Sempre fazer o contrato de locação, independentemente da quantidade de tempo que for ficar no imóvel;
  • Questionar tudo o que for possível;
  • Agendar uma visita;
  • Intermediar a negociação com imobiliárias ou corretores.

Por fim, o profissional destaca que ‘‘o Creci-RJ disponibiliza um canal de denúncias direcionado ao combate à ilegalidade e aos golpes aplicados no âmbito imobiliário, no número (21) 99800-4882’‘.

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1 COMENTÁRIO

  1. Absurdo! Deveria ser colocado fim nessa farra. Imóveis especialmente em condomínios residenciais o próprio nome já diz tudo: o fim é residencial…
    Agora são quase 3h da manhã e uns fdp aqui do lado fazendo barulho.

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