Há menos de um mês, o DIÁRIO DO RIO publicou uma matéria denunciando que áreas do bairro Inhoaíba, na Zona Oeste da cidade do Rio, encontram-se com problemas de abastecimento de água há quase dois anos. Ou cai muito pouco, ou nada. Alguns pagam por caminhões-pipa, outros recorrem a um poço vizinho. Pessoas que vivem em localidades como Vale das Palmeiras e Vilar Carioca, principalmente nas ruas Icurana, Projetada J, Projetada C e Projetada E são as mais afetadas. Elas reclamam que existe um registro na área que poderia ser utilizado, mas nunca está aberto.
A reportagem do DIÁRIO DO RIO vem recebendo muitos relatos de moradores do bairro sobre a abastecimento precário, a inutilização do citado registro e uma “manobra” que libera água para algumas casas por poucas horas de forma aleatória e sem aviso prévio.
“Pego água nesse poço do vizinho. Ele ajuda quem não tem poço em casa, deixa as pessoas pegarem. Mas a qualidade da água não é nada boa. Olha a cor“, detalha um morador, mostrando o líquido de coloração escurecida.
O mesmo morador reforça que pessoas operadas, com doenças crônicas, idosos e crianças dependem dessa mesma água. “Por incrível que pareça, é a mais limpa da região“.
Reclamando constantemente do problema há bastante tempo, moradores do bairro estão se mobilizando para uma grande manifestação que promete fechar vias importantes que passam pela Zona Oeste da cidade.
Após a venda da Cedae, a responsável pelo abastecimento de Inhoaíba passou a ser a Rio+Saneamento. Procurada pela reportagem, a empresa, que assumiu o serviço na região em agosto de 2022, não respondeu o contato.