Apesar de a lei determinar que os salários devem ser pagos até o quinto dia útil, os funcionários dos hospitais geridos pela Fundação Saúde ainda não receberam o pagamento de outubro, que deveria ter caído na quinta-feira (7), segundo o jornal Tempo Real. No mês passado, os trabalhadores só receberam o dinheiro 16 dias depois da data limite, com o pagamento entrando no dia 21.
Nem os médicos estão livres de trabalhar e não receberem os seus salários em dia. Os fornecedores também passam pelo mesmo perrengue, segundo o veículo.
O Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), em Niterói, é uma das unidades de saúde que passa por dificuldades financeiras. O médico Marcos Vinícius Dias, atual presidente da Fundação Saúde, foi diretor da unidade.
A Fundação se tornou o epicentro de um escândalo sanitário nos últimos meses. Foi a instituição que contratou o laboratório PCS Saleme, responsável pela contaminação de seis pacientes transplantados com o vírus HIV. Por conta do escândalo, toda a diretoria da Fundação Saúde pediu exoneração, com o novo diretor assumindo a casa no fim de outubro.
Funcionários do Heal teriam dito ao TR que a unidade não teria funcionado com a sua capacidade total, nesta segunda-feira (18). Isso porque, com o atraso dos pagamentos, muitos funcionários não tinham o dinheiro para as passagens. Os trabalhadores chegaram a fazer um protesto na unidade, e ameaçam entrar em greve, caso não recebam os seus pagamentos.
Por meio de nota, a Fundação Saúde afirmou:
“A Fundação Saúde informa que os pagamentos aos profissionais de saúde que atuam nas unidades estão rigorosamente em dia e que não há qualquer interrupção ou paralisação no atendimento nos hospitais e UPAs geridos pela Fundação. O funcionamento segue normalmente neste feriado do G20”, declarou a instituição.