A crise pandêmica desacelerou e provocou o desmonte de vários mercados no Brasil. Mas houve aqueles que, além de não terem sido prejudicados ainda cresceram. É o caso do mercado logístico, que, nos primeiros dois anos da pandemia, registrou uma expansão invejável, passando de 689 condomínios logísticos, no 1T (trimestre) de 2020, para os atuais 806 – um acréscimo de 117 novos empreendimentos logísticos -, em termos de espaço total, isso equivale a quase 35 milhões de m² de estoque em todo o território nacional.
Os dados dizem respeito aos resultados do quarto trimestre de 2023, período no qual o Rio de Janeiro também apresentou bons resultados, especialmente na logística ligada ao e-commerce, cujas empresas mais competitivas mantém os seus produtos armazenados em empreendimentos logísticos instalados a um raio de 15 km da capital, garantindo entrega rápida e, consequente, fidelização dos clientes.
No período, o Rio atingiu ainda a menor taxa de vacância: 6,48%, no perímetro anteriormente citado. O percentual equivale a 44 mil m² disponível para locação. Segundo a revista Buildings, autora do levantamento, é a menor taxa desde o 4 trimestre de 2013, quando a publicação deu início ao monitoramento.
Com 52 condomínios logísticos, o equivalente a 2,9 milhões de m² de estoque total no Brasil, o Estado ocupava a segunda posição antes do quarto trimestre do ano passado, tendo sido ultrapassado por Minas Gerais. Já no raio de 15 KM da capital fluminense conta com um estoque de 14 condomínios logísticos, totalizando 685 mil m².
Apesar da falta de espaço para novas construções, a região conta com mais 7 mil m² de área ofertada, resultante das futuras desocupações dos espaços locados, conforme comunicado pelas empresas contratantes.
Abaixo os 5 maiores ocupantes de condomínios logísticos no raio de 15 Km no Rio de Janeiro:
Carrefour, mais de 30 mil m²;
BRF Brasil Foods, mais de 27 mil m²;
Nova Pontocom, mais de 26 mil m²;
Drogarias Pacheco, mais de 26 mil m²;
Mercado Livre, mais de 24 mil m².
Outro dado positivo foi a absorção líquida de 25 mil m² no 4T de 2023. Mesmo com a pandemia, desde o 1º trimestre de 2020, foram 157 mil m².
Informações: revista Buildings