A federação em formação entre PP e União Brasil terá, no Rio de Janeiro, uma gestão rotativa e sob o comando direto da Executiva nacional das legendas. O modelo será diferente do aplicado à maioria dos estados, em que o partido com maior bancada no Congresso Nacional terá ascendência nas decisões locais.
Segundo o presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira, a gestão fluminense será dividida em ciclos de seis meses. O primeiro será liderado pelo deputado federal Dr. Luizinho, atual líder do PP na Câmara dos Deputados. Na sequência, o comando passará para o União Brasil, representado no estado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar.
A escolha por uma gestão centralizada e rotativa nos maiores colégios eleitorais do país — Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais — reflete, segundo Ciro, a relevância estratégica dessas regiões e a necessidade de equilíbrio entre os dois partidos. “Mostra, de forma simbólica, que os dois partidos estão na mesma prateleira de relevância da federação”, afirmou.
Em entrevista ao jornal O Globo, Ciro Nogueira detalhou que os demais estados seguirão o critério de maior número de parlamentares. “Pernambuco tem mais parlamentar do PP; Piauí, Rondônia, tem mais do União. São 9 estados com União, 9 com PP e 9 vão precisar de uma decisão da Nacional, porque têm o mesmo número de parlamentares”, explicou.
Sobre as eleições de 2026, o dirigente afirmou que a posição da federação ainda será definida internamente, embora tenha declarado sua preferência por um candidato de perfil conservador. “A chance de um candidato de centro-direita ganhar a próxima eleição é muito grande. A federação caminha para um apoio desse, mas isso não é algo decidido”, afirmou. “Primeiro, vamos decidir se vai ter federação, para depois ver essas questões e, com certeza, precisa ser um consenso entre os dois partidos”, completou.