Comerciantes protestam contra a privatização da Feira de São Cristóvão

Temendo a descaracterização do espaço cultural, os feirantes caminharam até a sede da Prefeitura do Rio para reivindicar a gestão privada

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Foto: Marcelo Piu/Prefeitura do Rio

Os comerciantes da Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, realizaram um grande protesto, na manhã da terça-feira (02/05), contra a privatização de um dos mais tradicionais espaços culturais do Rio de Janeiro. Este já é o segundo ato, com as mesmas reivindicações, em menos de duas semanas.

A caminhada, com centenas de comerciantes e funcionários, começou no próprio pavilhão, e na sequência, seguiram até a sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, onde empunharam cartazes, carro de som com ritmos nordestinos e gritos de ordem.

A justificativa apresentada pelo poder público, para conceder a gestão do polo nordestino à uma empresa privada por 35 anos, coloca a concessão como uma solução para a falta de recursos para a manutenção e melhorias do espaço. A informação descrita no edital, publicado em abril, abrange upgrades, construção de novos boxes, segundo pavimento e área VIP para os shows. O concessionário ganhador também terá o direito de explorar o estacionamento, a bilheteria e o aluguel das lojas.

Com isso, os feirantes buscam entender como serão as obras, por quanto tempo se estenderão e onde irão trabalhar enquanto elas acontecem. De acordo com o edital, algumas poderiam durar pelo menos dois anos e meio. Além de temerem pela gentrificação de um local, que hoje é exclusivamente destinado à expressão da cultura nordestina.

Procurada pelo O Dia, a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), empresa vencedora, afirmou que o “Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga não será privatizado e muito menos corre o risco de virar shopping”. O órgão também ressaltou que o edital de concessão garante que os feirantes e artistas que atuam hoje no local terão preferência pela permanência.

Ainda em nota, a empresa afirmou que ficará apenas com a administração do espaço, ou seja, o município continuará sendo o proprietário do Pavilhão de São Cristóvão.

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