Com 9 feriados nacionais, além de outros estaduais e municipais como o Dia da Consciência Negra e aniversário da cidade (veja os feriados no Rio de Janeiro em 2022), o comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro pode perder mais de R$ 4.2 bilhões em receitas de vendas no ano. Cada dia parado representa uma perda média de cerca de R$ 385 milhões, segundo estimativa do CDLRio – Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, e do SindilojasRio – Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro.
Dos feriados nacionais apenas um poderá propiciar o chamado “enforcamento”: Paixão de Cristo, que cai numa sexta-feira. Abril e Novembro são os meses com maior número de feriados nacionais (Paixão de Cristo e Tiradentes em abril, e Finados e Proclamação da República em Novembro).
Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, que juntos representam mais de 30 mil lojistas, os 11 feriados do ano, mesmo com apenas um com o possível prolongamento, vão penalizar os lojistas, principalmente as lojas de rua que são as que mais sofrem, especialmente o centro da cidade que fica completamente deserto.
“Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender e o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, estimativa mostra que eles podem perder até 50% do salário no ano. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, conclui Aldo Gonçalves.