O comércio carioca projeta um aumento modesto de 0,5% nas vendas para a Páscoa, segundo pesquisa realizada pelo Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e o SindilojasRio, que ouviu 250 lojistas entre os dias 17 e 21 de março. Apesar da data ser tradicionalmente forte para o setor, a expectativa reflete a cautela de empresários diante dos altos custos e da retração na produção de chocolates.
A pesquisa abrangeu setores variados, como Brinquedos, Vestuário, Calçados e Bolsas, Papelaria, Perfumaria e Cosméticos, Joias e Bijuterias, Eletrodomésticos, Utensílios para o lar e Celulares, evidenciando que o mercado busca alternativas para conquistar o consumidor.
“Por força dos acontecimentos, o desequilíbrio do mercado de chocolates fez a indústria do setor reduzir a produção em mais de 20% neste ano. O varejo tem inovado, oferecendo outros produtos como brinquedos, bichos de pelúcia, celulares, jogos, joias e vestuário”, afirmou Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio.
O impacto da alta de mais de 180% no preço do cacau no mercado internacional, acumulada nos últimos doze meses, motivou essa diversificação nas vitrines. “Esse movimento é importante para que o consumidor possa manter o grau de satisfação ao presentear”, acrescentou Aldo.
Segundo o levantamento, 70% dos lojistas esperam que o valor médio dos presentes fique em torno de R$ 150 por pessoa. Para 20%, o tíquete médio será de até R$ 200, e 10% acreditam que os gastos podem chegar a R$ 250. As formas de pagamento mais utilizadas deverão ser cartão de crédito e débito, PIX e dinheiro.
“Por isso os empresários estão inovando a cada ano na data para seduzir os consumidores, direcionando o foco nesta época, não apenas para as crianças, mas também para os adultos, atraindo atenção especial dos casais, principalmente dos namorados”, concluiu Aldo Gonçalves.
Ainda de acordo com a pesquisa, 80% dos lojistas acreditam que as vendas terão alta de 0,5%, 10% esperam aumento de 0,8%, e 10% estimam crescimento de 1,5%. O comércio segue apostando em criatividade e variedade para manter o apelo da data junto ao público.
Depois de um Carnaval com movimentação econômica extremamente positiva, gerando R$ 5.5 bilhões, a páscoa virou um evento supérfluo.