O comércio lojista da Cidade do Rio de Janeiro registrou menos 3,8% de vendas em fevereiro, de acordo com o Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio. A pesquisa se baseia nos índices do mesmo mês de 2018 e apresenta o segundo resultado negativo do ano (janeiro registrou menos 3,2%).
No acumulado do ano (janeiro/fevereiro) as vendas caíram 3%, e na comparação com janeiro o índice foi de menos 4,1%. Segundo o presidente do CDLRio
Aldo Gonçalves, fevereiro é um mês fraco em termos de vendas: “É uma mês curto (este ano teve apenas 24 dias úteis de vendas) e tem as férias, quando muita gente viaja. Além disso, é também nos dois primeiros meses do ano que recaem diversos pagamentos de impostos como IPVA, IPTU e matrícula escolar”, explica.
A pesquisa também revela que os setores de bens não duráveis também tiveram queda, como Tecidos (-4,3 %), Calçados (-3,6%) e Confecções (-3,3%). Além deles, o setor de bens duráveis também registrou baixos índices: Óticas (-6,8%), Móveis (-5,7%), Jóias (-4,9%) e Eletrodomésticos (-3,8%). A venda a prazo com menos 5,5%% e a venda à vista com menos 1,5% foram as formas de pagamento preferidas pelos consumidores.
Aldo também destaca que a violência urbana na cidade é um fator que prejudica bastante a atividade: “Para se ter idéia o comércio gastou R$ 1,8 bilhão com segurança o ano passado. Isso poderia ter sido investido na ampliação dos negócios, como novas lojas, reformas, treinamento de pessoal, gerando mais emprego e renda. Só assim os lojistas poderão transformar esse vultuoso gasto, que representa uma considerável parcela do seu faturamento, em investimento na melhoria e no crescimento dos negócios, beneficiando toda a cadeia produtiva do comércio”, conclui.