Os pardais instalados pelas ruas da cidade são motivo de inúmeras reclamações por parte dos motoristas, que vão desde a inadequação do ponto, no contexto de uma cidade perigosa, até o registro de velocidades incorretas, que geram multas indevidas para os condutores.
É o caso dos radares em ação na Rua Francisco Leal, no bairro de Padre Miguel, na Zona Oeste da capital fluminense. Os condutores que passam pela via denunciam que um dos equipamentos tem registrado velocidades incorretas, gerando multas improcedentes.
Os erros nos radares se tornaram o foco da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), cujo presidente, o deputado Dionísio Lins (Progressistas), solicitou ao presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Rio de Janeiro (IPEM/RJ), Kennedy Martins, que envie uma equipe para verificar a aferição dos radares.
O deputado solicitará ainda uma inspeção em todos os radares da cidade, com a coleta de dados sobre as empresas responsáveis pela manutenção dos pardais, bem como sobre os contratos com elas firmados.
“Não dá mais para que motoristas sejam autuados por equipamentos que não estejam dentro das normas técnicas exigidas. No caso desse pardal em Padre Miguel, há relatos de motoristas que afirmam passarem com uma velocidade de 36 km/h, e o equipamento registrar até 99 km/h, isso é um verdadeiro absurdo.”, comentou Dionísio Lins, criticando as dificuldades enfrentadas pelos condutores ao recorrerem das multas. Segundo Lins, as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARI) indeferem 80% dos recursos apresentados pelos motoristas.
Dionísio Lins questiona a ausência de estudos técnicos para a instalação dos radares. Muitos equipamentos são colados em locais de risco para os motoristas, por conta da criminalidade.
A Comissão de Transportes da Alerj aguarda o posicionamento do IPEM/RJ.
