Como vai funcionar o Distrito de Baixa Emissão, no Centro da cidade

Em uma área de pouco mais de dois quilômetros quadrados, entre a Avenida Beira Mar e a Marechal Floriano, Campo de Santana e a Orla Conde, serão aplicadas iniciativas para a diminuição de emissões de gases de efeito estufa

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Vlt passa pela região portuária - Foto: Rafa Pereira / Diário do Rio

No ano passado, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou um projeto para criar um Distrito de Baixa Emissão, no Centro da cidade. A ideia é ter uma área com diminuição de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A região, de pouco mais de dois quilômetros quadrados, que fica entre a Avenida Beira Mar e a Marechal Floriano, Campo de Santana e a Orla Conde, terá ciclovias, tecnologia de monitoramento da qualidade do ar, áreas verdes, incentivo ao uso de veículos elétricos, entre outras ações que visam menor emissão de gases estufa.

O objetivo principal é implementar as ações em fases, até 2030. A primeira delas, que já está em andamento, consiste na requalificação de 35 mil metros quadrados de área pública e monitoramento da qualidade do ar e GEE.

O Instituto de Políticas de Transportes e Desenvolvimento (ITDP Brasil) é parceiro da Prefeitura nesta ação. Entre outras propostas, o ITDP definiu o plano cicloviário (Ciclo Rotas).

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De acordo com Lorena Freitas, coordenadora de gestão da mobilidade do ITDP, ter um projeto com foco na mobilidade eficiente é um marco, mesmo que seja voltado para uma fatia da cidade: “Se a gente consegue desenvolver uma ferramenta de planejamento bem estruturada para a área central, é possível que, com os devidos ajustes, ela seja considerada em outras regiões da cidade. Sem falar que ações implementadas num trecho, como o uso de veículos elétricos, podem impactar na redução das emissões no entorno, por onde circulam”.

O C40, grupo de cidades como Milão e Londres, assumiu compromissos ambientais para a redução de gases de efeito estufa e controle das mudanças climáticas. O Rio de Janeiro faz parte da iniciativa.

Segundo a Prefeitura da Cidade do Rio, “no Distrito terão prioridade as soluções que impulsionam o desenvolvimento sustentável e o cumprimento da agenda climática, visando construir uma cidade ligada a sustentabilidade. A implementação do Distrito será coordenada pelo Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro“.

O Distrito de Baixa Emissão está no contexto do Reviver Centro, que estimula a ocupação residencial na região central da cidade.

“Há duas estratégias: descarbonizar o transporte público e descarbonizar a construção civil, com a reutilização de edificações. Isso significa fazer mais retrofit, aproveitar mais do que construir. O lema que todas as cidades adotam é: o edifício mais verde é o que já existe. Esse edifício já tirou os insumos da natureza. Reciclar um prédio é uma super-reciclagem“, destaca o arquiteto e urbanista Washington Fajardo, ex-secretário da Prefeitura do Rio.

A gestão municipal informa que a ideia é “ter uma cidade mais moderna e preparada para a liderança no enfrentamento às desigualdades, à mudança climática e outros desafios que envolvem questões de sustentabilidade. O projeto do Distrito de Baixa Emissão de Carbono foi resultado de estudos de outros locais do mundo, como Londres e Medellín, já que ambos possuem áreas centrais desenvolvidas”.

Mais detalhes sobre o projeto

  • O distrito e arredores terão 5,5 quilômetros de ligações cicloviárias, incluindo 2,3 quilômetros novos. Até 2024, será implantado mais 1,9 quilômetro. Entre as vias que deverão receber ciclovias e ciclofaixas estão a Rua Uruguaiana e a Avenida Chile;

  • Até o fim do primeiro semestre de 2023, serão instalados equipamentos para medir gases e monitorar a qualidade do ar;

  • Plantio de mudas e ampliação de áreas verdes. A implantação de jardins de chuva e pavimentos drenantes também está prevista;

  • Limitar a circulação de veículos em algumas ruas e para um melhor aproveitamento de garagens subterrâneas. Veículos de uso de serviço da Prefeitura serão elétricos;

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1 COMENTÁRIO

  1. Essa prefeitura é tão incompetente que nem sabe calcular uma área. Dois kilometros equivale a 2000 metros. Então, nesse caso, o espaço informado seria muito maior que isso, pois 2000 metros quadrados seriam 50m×40m, 100m×20m, etc

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