Ao longo dos últimos anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a inflação sobre a alimentação animal superou o dobro da registrada entre alimentos e bebidas para os humanos. As matérias-primas básicas utilizadas na fabricação desses alimentos, entre elas soja, milho e trigo, fez o preço da ração disparar, desestimulando em muitos casos a adoção de um animalzinho e deixando protetores e ONGs preocupados.
“Colocar arroz e feijão na mesa já não tem sido uma tarefa fácil diariamente. Agora, imagina comprar ração para aproximadamente 100 cães e 200 gatos”, desabafou, Rita de Cassia, que toca um projeto de animais na comunidade Lins Vasconcelos, no Rio de Janeiro. Além dos animais que tem em casa, Rita ainda alimenta os bichos abandonados na comunidade. “É uma luta diária, porque eles já veem atrás de comida na porta da minha casa. Infelizmente tem dias que todos ficam sem ração”.
A designer Érika Gerling, que possui 6 gatos e 1 cachorro, conta que sempre ofereceu ração premium, para proporcionar uma alimentação de melhor qualidade aos pets, mas, hoje não consegue mais pagar por isso. “Com o aumento dos preços tentar manter essa qualidade foi impossível. Tive que trocar por uma ração mais barata, o que afeta diretamente a saúde dos animais. Lidar com essa inflação, tendo 7 pets em casa, só fazendo muita economia mesmo”.
A crescente preocupação mobilizou a bancada de Proteção Animal da Câmara dos Deputados e os resultados foram a apresentação do Projeto de Lei nº 2.116/2023 e da Indicação nº 467/2023, de autoria dos Deputados Federais Marcelo Queiroz (PP-RJ) e Matheus Laiola (União-PR), com objetivo de reduzir os impostos federais sobre os alimentos pet.
“Os pets são considerados como membro da família. A redução dos impostos proposta por esse grande movimento, também objeto da Indicação e do Projeto de Lei que apresentamos, significa reduzir gastos com a saúde animal e reduzir os preços, tornando os produtos mais acessíveis para todos”, disse o deputado Marcelo Queiroz.
Peraí! É isso mesmo que estou lendo?
O que era supérfluo agora passa à condição de item de necessidade enquanto que fornecimento de luz, água esgoto e telefonia são dobrados absurdos impostos???
É a ditadura dos defensores dos pets… que nada tem de bonzinhos, pois se gostassem de animais não os teria como estimação e sim lutariam contra essa indústria.
*cobrados absurdos impostos