Conhecendo o túnel extravasor, no costão do Vidigal

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Tive a oportunidade de conhecer o acesso ao túnel extravasor, cujo projeto  foi iniciado no final dos anos 60, pela SURSAN/SONDOTÉCNICA, órgão do extinto Estado da Guanabara. De acordo com a dissertação de mestrado, “Os condicionantes geológico-geotécnicos na ocupação do espaço subterrâneo no município do Rio de Janeiro”, de autoria do geólogo e especialista em subsolo, Newton dos Santos Carvalho, defendida em maio de 1998, na UFRJ, o túnel teve suas obras iniciadas em 1970, com a perfuração a partir da encosta da avenida Niemeyer, a 6 metros acima do nível do mar.
O projeto original previa um túnel de 7.000 metros de extensão, sendo que na 1ª fase estava previsto a perfuração de 1.650 metros de extensão, sendo executados 1.450 metros.   
Em 1990, através da SERLA (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas, que a partir de 2008, após a fusão com outros órgãos, deu origem ao Instituto Estadual do Ambiente – INEA), foi planejado uma inspeção ao interior do túnel, prevendo a retomada da construção.
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O tema do túnel extravasor já foi tratado aqui no Diário do Rio em outra publicação. Trata-se de uma obra defendida por especialistas em subsolo e macrodrenagem e por entidades de prestígio, como o Clube de Engenharia, mas infelizmente não se vê grande interesse no meio político, com raras exceções. 
É lamentável que um projeto desenvolvido há décadas, com reconhecido respaldo técnico seja abandonado, enquanto à população continua a enfrentar os problemas das inundações. Além de um desperdício de recursos públicos, tão escasso atualmente, nota-se uma descontinuidade na administração pública que prejudica a eficiência do serviço público.
O túnel extravasor deveria retornar para a agenda da cidade, considerando a sua proposta de mitigação das inundações, tanto na zona norte, quanto na zona sul, podendo inclusive contribuir para melhorar a microdrenagem da cidade.
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Uma questão importante para a retomada das obras refere-se ao saneamento, considerando os sedimentos e dejetos sanitários, consequência da poluição dos rios que serão conectados ao túnel, que poderão poluir as águas das praias próximas. Cuidar do saneamento é dever, portanto, a omissão do poder público nesta questão não pode ser usada como desculpa para adiar o combate eficiente das inundações.

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